Pesquisadores da UESPI montam laboratório e fazem aplicativos inovadores; veja

Pesquisadores da UESPI montaram o Laboratório de Sistemas Onipresentes e Pervasivos,chamado de Opala,e desenvolvem aplicativos

Pesquisador diz que poucas pessoas acreditam no potencial do PI | Reprodução
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Quem pensa que o Piauí ainda não deu os primeiros passos na criação de tecnologias precisa conhecer os projetos e aplicativos desenvolvidos por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí. Eles que formam o Opala (Laboratório de Sistemas Onipresentes e Pervasivos da Universidade Estadual do Piauí) e já começam a se destacar no desenvolvimento de aplicativos com as mais diversas finalidades.

Recentemente, a II Etapa Nacional de Badminton, realizada em Teresina, testou o aplicativo de Olho no Placar. A sua criação partiu de uma sugestão da presidência da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) e foi desenvolvido pelo Professor José Bringel Filho, coordenador do OPALA, junto com estudantes de Ciências da Computação UESPI da Uespi.

O ?De Olho no Placar? permite que o juiz de linha utilize um tablet, com o aplicativo instalado, para marcar a pontuação feita pelos atletas dentro de quadra, possibilitando que o público acompanhe o andamento e os resultados dos confrontos do esporte pelo telão, que ?espelha? a tela do aplicativo e, futuramente, no celular. Assim todos poderão ficar de olho no placar e acompanhar os jogos em andamento, estando presencialmente ou não.

?Nossa ideia é que na próxima versão, os resultados sejam lançados no aplicativo e o torcedor possa acompanhar de seus celulares e tablets?, disse José Bringel.

Outro aplicativo também criado pelo grupo e que tem tido visibilidade é o De Olho na Cidade. Ele foi lançado recentemente no Google Play e já possui cerca de 500 apoiadores e 100 usuários em todo o Brasil. Ele funciona como uma espécie de ouvidoria inteligente interligada a uma rede social, onde qualquer cidadão pode postar problemas, sugestões e apontar necessidades através da criação de causas. Uma vez criada a causa, ela se torna visível a todos os participantes da rede social do aplicativo, que poderão então comentar, apoiar e compartilhar entre amigos.

Mas as criações do grupo não param por aí. Outros aplicativos já foram desenvolvidos e já existem outros sendo criados. Deve ser lançados nas próximas semanas o ?Eu visitei?, aplicativo voltado para ajudar o setor turístico da cidade. O professor Bringel explica que através dele, os visitantes de pontos turísticos de Teresina vão poder dar suas opiniões sobre esses lugares e elas serão usadas pelos gestores ligados às secretarias de turismo local, para saber o que precisam melhorar. ?As pessoas farão checkin no local e colocarão suas opiniões sobre ele. É parecido com o aplicativo Foursquare, mas é mais seguro, pois apenas informações relevantes poderão ser publicadas lá. Para isso, os usuários terão um código, através do qual farão isso?, disse.

?Não é fácil inovar no Piauí?, diz pesquisador

Embora com as ideias que surgem e com a tecnologia já produzida, o professor Bringel afirma que ainda é difícil trabalhar com inovações desse tipo no Piauí. Hoje eles realizam esses trabalhos com a ajuda financeiras de bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e de algumas poucas iniciativas privadas que se interessam pelo trabalho realizado por eles.

?Atualmente o nosso estado já tem se posicionado frente a esse mercado de produção tecnológica, mas não é fácil inovar no Piauí, pois ainda existe tanto o preconceito externo como interno, de quem não vê o Piauí como Estado capaz de se destacar nessa área. E diante disso, nós temos o pouco investimento do poder público nesse tipo de criação?, lamentou o professor.

Ele cita como exemplo um aplicativo, que a exemplo do De Olho na Cidade, é usado colher informações sobre problemas apresentado pelas cidades, mas que não foi aceito pela Prefeitura municipal de Teresina. ?O nosso aplicativo é muito bem avaliado e possui a nota 4.9, de uma nota máxima que é cinco. Mas a PMT vai aderir a um aplicativo produzido em Recife, que é avaliado com uma nota de 3.2. Mas como esse é um aplicativo que tem uma empresa grande pro trás dele e que será usado por Curitiba, eles vão preferir?, relatou.

Strans vai usar aplicativo para monitorar os ônibus locais

Os ônibus de Teresina serão monitorados com a ajuda de um dos aplicativos desenvolvidos pelo Opala. Ele irá identificar os pontos onde são necessários a melhoria e o aumento da frota. O aplicativo foi um pedido da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) ao Opala. A tecnologia já foi apresentada na Superintendência e testada em uma das linhas de ônibus da capital.

O professor Bringel afirma que após os testes, o aplicativo está passando pelos ajustes necessários e depois disso começará a ser usado. ?O aplicativo vai ajudar a reduzir custos de operacionalização, que impacta inclusive no valor das passagens de ônibus. Ele contabiliza a quantidade de passageiros, quando e onde eles são mais lotados?, explicou.



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