Web: Polêmico, nova rede social Pinterest atrai milhões de usuários

Fundado em 2010, site recebeu 40 milhões de visitantes em uma semana.

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Bem quando a rede social Pinterest começa a experimentar significativo avanço em sua popularidade, a primeira controvérsia surge. Especialistas a acuam de incluir códigos secretos no conteúdo compartilhado pelo usuário a fim de gerar mais receita.

De acordo com Josh Davis, em comentário publicado em seu blog na última terça-feira (702), quando o internauta posta, por exemplo, um link para um site com o qual o Pinterest tem ligações comerciais, o código fará com que tal portal tenha acesso à mensagem. A cada produto compartilhado e, em seguida, adquirido pelo membro, a rede social recebe uma remuneração.

Outros especialistas já haviam comentado a prática anteriormente, mas não receberam a mesma atenção que Davis conseguiu. Segundo ele, o mais grave é que o site não alerta os usuários sobre o comportamento.

?O Pinterest deveria deixar as coisas claras aos internautas mesmo que não fosse obrigado por lei, para, assim, conseguir sua confiança?, escreveu Allison Boyer, colaborador do portal BlogWorld vai na mesma direção e afirma que ?permitiria ao serviço ganhar com seus pins?, mas gostaria que lhe avisassem antes.

As cobranças têm aumentado à medida que a rede social cresce. Ainda em estágio beta, obteve 11 milhões de visitantes em uma semana de dezembro, quarenta vezes mais do que conseguira seis meses antes, de acordo com o instituto Hitwise. Lançado no começo de 2010, já é o 109º site mais popular na lista formulada pela Alexia e, segundo a firma de análise Shareaholic, gerou mais tráfego de referência no último mês do que gigantes como LinkedIn e Google+.

A indústria justifica o rápido crescimento do Pinterest por ter sido adotado por usuários comuns, não os pequenos grupos de entusiastas da tecnologia ? os early adopters. A rede social se descreve como um mural, onde os usuários podem fixar (pin) fotos, links e assuntos de interesse organizados por tópico, o que ajuda a lidar com grande quantidade de informação.

Informação é o novo petróleo

Os internautas não deveriam ficar surpresos com a tentativa do portal de monetizar seu conteúdo, alerta Andrew Ken, cujo livro ?Digital Vertigo? (Vertigem Digital), esperado para maio, aborda o modo como as redes sociais utilizam as informações de seus membros para ganhar dinheiro.

?Há muita polêmica quanto a isso, que reflete em todos os sites de mídia social?, afirmou, traçando um paralelo entre o Pinterest e o Patch, que baixou a lista de contatos de seus usuários para seu servidor. ?Todas essas empresas oferecem produtos gratuitamente, porque nossos dados é que geram valor. Como não podem cobrar pelo serviço, é a partir deles que arrecadam?.

Frequentemente as pessoas esquecem que estão enviando informações pessoais às companhias ?porque elas elaboram estratégias para que seus termos sejam utópicos e autênticos?, afirma Ken. ?Tanto os usuários quanto as empresas que se filiam a essas redes sociais deixam passar que eles que são o negócio, Informação é o novo petróleo, e é preciso cuidado?.

Apesar de informada, a Pinterest não se manifestou acerca do assunto.



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