Testemunhas acusam avô de participação na morte de Isabella Nardoni

Caso Isabella Nardoni: duas testemunhas acusam o avô paterno

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), voltou a investigar o caso Isabella Nardoni - a menina que, em 2008, aos 5 anos, morreu após ser jogada do 6.º andar do prédio onde viviam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá.


A decisão foi tomada após uma funcionária do sistema penitenciário de São Paulo ter declarado, há quatro meses, que o advogado Antônio Nardoni, avô da menina, pode ter participação no crime. Conforme mostrou neste domingo, 12, o Fantástico, da TV Globo, o DHPP recolheu um segundo depoimento semelhante, prestado por uma carcereira do Presídio de Tremembé, onde Anna cumpre pena.

Os dois relatos das funcionárias afirmam que Anna Carolina e o marido, Alexandre Nardoni, teriam decidido atirar a menina pela janela após um conselho do pai dele, Antônio Nardoni. O casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e na volta para casa, já no carro, a madrasta começou a agredir a menina.

De acordo com os depoimentos, quando eles chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, pensavam que a menina já estaria morta. Foi quando, segundo as funcionárias, Anna decidiu ligar para o sogro. Ele teria dito para "simular um acidente". "Senão vocês vão ser presos", teria sido a justificativa de Antônio Nardoni.

Nos últimos quatro meses, o DHPP ouviu oito funcionários da penitenciária - desses, apenas as duas relataram ter conhecimento dessa versão. Uma nova testemunha deve ser ouvida nos próximos dias. O delegado Zacarias Tadros afirmou que Anna Carolina e Antônio Nardoni também devem ser convocados a depor.

Quando o caso foi julgado, em 2010, a versão dos promotores relatava que a menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e depois jogada pela janela do 6.º andar pelo pai, Alexandre Nardoni. Anna Carolina foi condenada a 26 anos e Alexandre a 31 anos de prisão. Se for confirmado o envolvimento de Antônio, as penas de ambos podem ser revistas.

Por decisão da família Nardoni, o advogado Roberto Podval, que defende o casal preso, não deve manifestar-se sobre as novas denúncias. Em dezembro, Podval desqualificou as afirmações, em uma declaração ao Estado. "Estão transformando uma fofoca em caso de polícia", afirmou ele, na ocasião. "É obvio que a Promotoria não pode ficar sem fazer nada depois do que essa funcionária disse, mas eu não vejo futuro para essa investigação."

 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES