Trabalhadores fazem ato contra reforma da previdência

Ato reuniu maioria dos sindicatos de classe trabalhistas do Estado

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As Centrais Sindicais CUT, Sindserm, Sinte, Sinsepi, Sindcom e inúmeras outras entidades realizaram, na manhã desta quarta-feira (20), em frente ao prédio do INSS central, a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. Este é o primeiro grande ato unitário de 2019 que faz parte do calendário de ações sobre a reforma da previdência. “Nossa proposta é deliberar um foro na luta pelos direitos e nas liberdades democráticas dos movimentos sociais”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares.

Manifestantes em ato contra reforma da Previdência. Crédito: José Alves

A atividade ocorre no mesmo dia que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai protocolar sua proposta de desmonte da Previdência Social no Congresso Nacional. A assembleia em Teresina, também acontece atos em várias cidades no país. A Central Única dos Trabalhadores ( CUT) chamou seus associados para o protesto. Cerca de 400 pessoas estiveram presentes.

Na opinião do presidente da CUT-PI, Paulo Oliveira, este será o primeiro passo na jornada nacional de luta contra a reforma da Previdência da dupla Bolsonaro/Guedes. “Nosso objetivo é barrar essa reformar que não traz saldo positivo para ninguém. A aposentadoria é importante e necessária para o trabalhador. Nós repudiamos essa proposta custe o que custar', reforçou.

Manifestantes em ato contra reforma da Previdência. Crédito: José Alves

A assembleia tem também o objetivo de definir um plano de lutas unitário do movimento sindical, centrado na defesa do direito à aposentadoria. Conforme, o diretor da CUT, as centrais cogitam uma greve geral nacional se a reformar for aceita. “A pauta começa com a reforma e daí a pouco vamos agregando novas pautas porque sabemos que ela será aprofundada e sabemos que a sociedade deve ser alertada com a greve”, afirmou.

Diretores de Centrais Sindicais repudiam reforma. Crédito: José Alves

O presidente do Sindserm classifica as mudanças pretendidas como "prejudiciais" e afetam de forma cruel os trabalhadores mais pobres. As mobilizações também buscou a valorização dos direitos da mulher. “Essa reforma conseguiu ser pior porque avança na retirada dos direitos, além do que a capitalização é como você investisse num mercado financeiro incerto e as mulheres serão as mais massacradas com a jornada de trabalho”, salienta Sinésio.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado ( Sinsepi) o modelo de reforma da Previdência de Bolsonaro é ainda pior que a proposta apresentada pelo governo Temer. “Essa reforma é muito pior que a do ex-presidente. Eles estão aumentando mais 5 anos para homens e mais 7 para as mulheres se aposentarem e ainda querem acabar com os direitos dos trabalhadores rurais na aposentadoria. O rombo da previdência alegado por eles está no que as grandes empresas privadas devem", reivindicou o diretor Waldemar Higino.

Manifestantes em ato contra reforma da Previdência. Crédito: José Alves

Para o diretor sindical do Sindicato dos Empregados no Comercio e Serviço de Teresina (Simdcom), Jesivan Rabelo, os trabalhadores do comércio e do setor privados serão os mais prejudicados. “O comerciário com 65 anos numa loja não tem mais uma habilidade para poder se aposentar e, se conseguir, será com uma renda menor de um salário mínimo. Quando o trabalhador beira seus 55 anos o comércio rejeita aquele trabalhador por achar ultrapassado. ”, justificou.

Reforma

Em meio à desinformação que marca o governo Bolsonaro, o que se sabe até agora é que deve propor idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos para mulheres, com período de transição de 12 anos. A ideia do Planalto é que Bolsonaro “assuma” a defesa da proposta nas primeiras 48 horas após apresentá-la ao Legislativo e que o pronunciamento seja feito a toda nação.



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