'Gêmeos da Federal' chamam atenção junto ao deputado Jorge Picciani

Eles “roubam a cena” ao aparecer em fotos de operações da PF

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Eles acompanham investigados, presos ou suspeitos de fraudes milionárias no país, mas, de vez em quando, agentes da Polícia Federal "roubam a cena" ao aparecer em fotos de operações deflagradas pela instituição.

Depois do surgimento de personagens como o "japonês da Federal" e o "hipster da Federal", nesta terça-feira, durante a ação para conduzir à sede da PF o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, quem chamou atenção foram duas novas figuras: os "gêmeos da Federal".

Oficialmente, a PF não informa se os dois são, de fato, gêmeos porque a instituição não fornece dados pessoais sobre seus agentes. Mas outros policiais do órgão confirmaram o que fica claro nas fotos dos policiais perto do deputado estadual no Aeroporto Santos Dumont.

Traços do rosto, porte físico, corte e cor de cabelo, barba, altura e até os óculos escuros são praticamente iguais.Os irmãos estavam entre os agentes selecionados para conduzir Picciani à sede da PF, onde o presidente da Alerj deve prestar depoimento. O parlamentar também pode ser preso, se a Justiça colher um pedido de procuradores.

Picciani é um dos alvos da operação Cadeia Velha, deflagrada nesta terça-feira pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2) em parceria com a PF.

Deputados estaduais, empresários e intermediários são acusados de manter uma caixinha de propina destinada à compra de decisões na Alerj para o setor de transportes. O esquema, concluíram os investigadores, teria começado nos anos 1990.

OUTROS CASOS

Primeiro dos agentes a chamar a atenção ao fundo dos registros de prisões e conduções da PF, o "japonês da Federal" ficou conhecido pelo apelido por participar do cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Lava-Jato.

Sempre aparecia em fotos ao lado de presos e logo se tornou símbolo da ação policial contra a corrupção. Uma marchinha de carnaval chegou a ser composta em homenagem ao agente.

Máscaras com seu rosto foram distribuídas em manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em junho do ano passado, o agente Newton Ishii foi preso em uma investigação criminal sobre o contrabando na fronteira do Brasil em Foz do Iguaçu, desbaratada na Operação Sucuri em 2003. Ishii respondia ainda a outros dois outros processos — administrativo e civil — derivados da operação.

Outro policial bonitão também se destacou na operação montada para o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro em Curitiba, em maio deste ano. Jorge Chastallo, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), é descrito por colegas da PF como um "cara tranquilo, gente finíssima e bem operacional".

Ele é discreto, avesso a fotos e não gosta de aparecer, também segundo os colegas. Muito parecido com o apresentador e modelo Rodrigo Hilbert, o agente chamou atenção quando escoltava o ex-presidente em frente ao prédio da Justiça Federal, onde aconteceu o interrogatório.

Não é a primeira vez que a investigação acaba por dividir espaço com os agentes legitimados a desenvolvê-la. O policial federal Lucas Soares Dantas Valença ganhou fama após a divulgação das imagens em que aparece participando da escolta do deputado cassado Eduardo Cunha, preso em outubro de 2016.

Barbudo e com um coque no alto da cabeça, conhecido como de "man bun". Nas redes sociais, passou a ser chamado de "Hipster da federal", "lenhador" e "policial gato". A fama repentina o levou a dar entrevistas em programas de televisão e também a ter fotos suas que mostram o corpo atlético do agente publicadas nos meios de comunicação.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES