Scarpa consegue bloqueio de R$ 1,8 mi de Bigode; juiz reconsidera decisão

Ex-jogador do Palmeiras tenta reaver R$ 6,3 milhões investidos em criptomoedas

Scarpa | Montagem L!: Cesar Greco/Palmeiras e Reprodução
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O meia Gustavo Scarpa alega ter sido vítima de um golpe milionário envolvendo criptomoedas, por intermédio de uma empresa do atacante Willian Bigode, que atualmente defende Fluminense. Por conta dessa situação, Bigode chegou a ter R$ 1,8 milhão bloqueado pela Justiça a pedido do ex-companheiro de Palmeiras. Ao todo, Scarpa investiu R$ 6,3 milhões e, agora, tenta diminuir os danos e prejuízo. 

A informação do litígio entre Gustavo Scarpa e Mayke com Willian Bigode foi publicada primeiramente pela "Rede Globo".

Com exclusividade, a reportagem do LANCE! teve acesso aos documentos e destrincha todo o caso. No dia 31 de maio de 2022, o meia Gustavo Scarpa firmou um contrato de locação de ativos digitais com a empresa "XLAND Holding", pelo prazo de 18 meses. O valor total investido pelo jogador foi de R$ 6,3 milhões.

Willian e Scarpa jogaram juntos no Palmeiras (Montagem L!: Cesar Greco/Palmeiras e Reprodução)

TROCA DE EMAILS

Segundo os documentos que o L! teve acesso, Gustavo Scarpa mandou um email para a XLAND pedindo a rescisão do contrato no dia 19 de agosto do ano passado. Já em 15 de setembro, segundo consta na documentação, a empresa encaminhou um e-mail para Gustavo Scarpa aceitando a rescisão e se comprometeu a pagar os R$ 5,36 milhões, mas não cumpriu o compromisso, que era previsto para a data de 26 de outubro. 

Assim, Scarpa foi informado por sua gestora financeira que o pagamento não seria realizado em razão de uma outra empresa chamada "FTX" não ter liberado o valor. No dia 5 de novembro, Gustavo Scarpa entrou em sua conta na XLAND e teve a surpresa de que estava zerada.

WILLIAN BIGODE

No dia 7 de novembro de 2022, Gustavo Scarpa pediu para que mais duas empresas fossem incluídas no processo. A primeira chamada "Soluções Tecnologia", por ter recebido o aporte de R$ 6,3 milhões, e a segunda chamada "WLCJ Consultoria e Gestão Empresarial", por ser a responsável pela indicação e ter parceria comercial com a XLAND. Ocorre que um dos sócios da WLCJ é o jogador Willian Bigode, que atua no Fluminense. Bigode e Scarpa atuaram juntos no Palmeiras.

A Soluções Tecnologia é responsável pelo recebimento e transformação da moeda corrente em criptomoeda. Ou seja, é parceira da XLAND.

BLOQUEIOS DE CONTAS E BENS

Ainda segundo os documento obtidos pelo L!, na busca nos sistemas do Judiciário, não há valores a serem bloqueados em ativos virtuais da XLAND. Diante dos resultados ineficazes nos sistemas do Tribunal, Gustavo Scarpa pediu para que as buscas e bloqueios fossem feitas nos nomes dos sócios da XLAND e dos demais parceiros, incluindo o atacante Willian Bigode.

O juiz aceitou o pedido e ordenou o bloqueio nas contas de todos os envolvidos no caso, incluindo Willian Bigode, até o limite do valor no processo de R$ 5,36 milhões. 

Na busca por bens, alguns veículos foram localizados, mas nenhum no nome de Willian Bigode. No entanto, o atacante do Fluminense teve R$ 1.856.936,51 bloqueado. As demais partes do processo também tiveram valores retidos. Juntando com o bloqueio do centroavante, o montante chega ao total de R$ 2.041.199,57.

REVIRAVOLTA?

No dia 3 de março de 2023, a WLJC, empresa de Willian Bigode, se manifestou no processo. A alegação foi de que o contrato foi firmado com a XLAND, sem qualquer tipo de participação ou garantia da WLJC. Além disso, afirmou que Scarpa sequer provou que a WLJC faz parte do mesmo grupo econômico da XLAND. Com isso, o pedido foi para que o juiz modificasse a decisão favorável a Gustavo Scarpa.

Na última sexta-feira (10), Gustavo Scarpa respondeu a manifestação da WLJC, do dia 3 de março. O jogador pediu para que o juiz mantenha a decisão de bloquear as contas e bens.

No entanto, o juiz voltou atrás e deu razão, em parte, para a WLJC. O magistrado acolheu parcialmente o que foi pedido pela empresa, na qual Willian Bigode é sócio, e mandou desbloquear as contas. Ainda afirmou que há necessidade de aprofundar as provas e limitar a responsabilidade de cada réu, antes da eventual apreensão. Porém, a apreensão será mantida para aqueles que firmaram contrato com Gustavo Scarpa, bem como receberam aportes realizados e/ou transferiram a eles valores resgatados.

Até o fechamento desta reportagem, o desbloqueio não foi efetuado pela Justiça de São Paulo.



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