Freixo: Novo comando da PF dá esperança para resolução do caso Marielle

“São cinco anos onde se fez tudo de errado em uma investigação. A esperança que tenho é a mudança que houve no país”, declarou.

Freixo | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam cinco anos hoje sem uma resposta sobre quem ordenou o crime. Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federal, afirmou em entrevista ao UOL News que o novo comando da Polícia Federal dá esperanças de que o caso será, enfim, esclarecido. 

"São cinco anos onde se fez tudo de errado em uma investigação. A esperança que tenho é a mudança que houve no país em relação ao Ministério da Justiça e, principalmente, à Polícia Federal. O grupo que está à frente da PF hoje é muito sério. É um crime contra a democracia, de motivação política. Por isso, precisa ser prioritariamente resolvido. Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federal", Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federal.

Freixo também criticou a forma como as investigações foram conduzidas, com diversas trocas de delegados. Essas mudanças atrapalharam o andamento das apurações e contribuíram de forma decisiva para a lentidão do processo, na visão do ex-deputado federal. Ele ainda destacou as dificuldades que a nova direção da PF terá para esclarecer tudo o que houve na noite do crime. 

"O que aconteceu nessa investigação foi algo que não vi em lugar algum. Nada se compara ao que aconteceu a Marielle. Foram cinco delegados no caso. Cada troca é uma interrupção brutal. Houve uma mudança profunda e grave no Ministério Público estadual, responsável pelo inquérito. A esperança que tenho é em cima da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro e da direção da PF, que terão muitas dificuldades. Depois de cinco anos, não há a velocidade das provas. Muita coisa precisa ser desvendada", disse. 

Marielle Franco e Marcelo Freixo - Foto: Reprodução

Freixo: Fake news sobre Marielle começaram com o corpo dela ainda no carro

Freixo relembrou como soube da morte de Marielle e disse que chegou ao local do crime junto com a polícia. Além da cena chocante, ele relatou que, pouco depois, presenciou outro episódio que o surpreendeu, quando um rapaz lhe mostrou o celular. 

"Achei estranho, mas olhei o telefone junto com o delegado. Havia uma mulher negra sentada no colo de um rapaz negro e dizia que 'Marielle era mulher de traficante'. A mulher da foto não era a Marielle e o rapaz não era traficante. Isso começou a circular com o corpo da Marielle dentro do carro. Houve uma produção de fake news imediatamente. É difícil crer que isso não estava pronto", declarou.

Ex-PGR: Federalização teria dado mais chances para resolver caso Marielle 

Raquel Dodge, ex-procuradora geral da República, afirmou que, se o caso Marielle tivesse sido federalizado, as chances de resolução teriam aumentado. Ela ainda elogiou a postura do ministro da Justiça Flávio Dino, que disse ser 'prioridade máxima' do governo Lula desvendar o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. 

"Acredito que sim. Percebi que ali se tratava de um crime contra a democracia. Havia sido assassinada uma parlamentar, defensora de direitos humanos e de minorias e atuante contra a milícia no Rio de Janeiro, que naquela ocasião estava sob intervenção federal na segurança pública por ineficiência na investigação de crimes violentos contra a população", afirmou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES