Ex-agente do FBI é detido nos Estados Unidos por vínculo com oligarca russo

Charles McGonigal, de 54 anos, dirigiu a unidade de contrainteligência do FBI (polícia federal americana) em Nova York até se aposentar em 2018.

Charles McGonigal | Michael M. Santiago/AFP
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Um ex-agente do FBI identificado como Charles McGonigal, de 54 anos, foi detido nesta segunda-feira (23) após ser acusado de violar as sanções americanas contra a Rússia ao trabalhar para um magnata russo, informou o Departamento de Justiça. Charles dirigiu a unidade de contrainteligência do FBI (polícia federal americana) em Nova York até se aposentar em 2018.

Ele foi detido em Nova York neste fim de semana e está sendo processado em dois casos distintos. A Justiça federal de Nova York o acusa de ter trabalhado para o magnata russo Oleg Deripaska, fundador da empresa de alumínio Rusal. Deripaska é alvo de sanções desde 2018. As sanções o proíbem de ter qualquer relação comercial com americanos devido a seus vínculos com o governo russo.

Enquanto estava no FBI, McGonigal investigava justamente oligarcas russos. Suspeita-se que, em 2019, ele tentou, em vão, fazer lobby para que as sanções contra Deripaska fossem canceladas. Em 2021, ele investigou um dos rivais de Deripaska.

Charles McGonigal é acusado de violar as sanções americanas - Foto: Michael M. Santiago/AFP

Segundo a acusação, o ex-agente recebia pagamentos por meio de empresas de fachada e fazia negócios com um intermediário. Ele é acusado de ter violado sanções contra a Rússia e de lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, estará sujeito a uma pena de até 20 anos de prisão.

McGonigal comparecerá perante um juiz na segunda-feira junto com um suposto cúmplice, um ex-diplomata russo que se naturalizou americano e tornou-se tradutor juramentado do sistema judicial.

A outra acusação

Além disso, McGonigal é acusado pelo tribunal federal de Washington de ter ocultado pagamentos relacionados com suas atividades no Leste Europeu, enquanto ainda trabalhava para o FBI.

Segundo a promotoria, ele cobrou US$ 225 mil em dinheiro vivo de um ex-agente do serviço secreto albanês, naturalizado americano, a quem acompanhou em viagens de negócios à Albânia e Kosovo. Também ocultou que estava em contato com o primeiro-ministro do Kosovo, violando assim suas obrigações.

As informações são do G1



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