Jornalistas são presos no Sudão por vídeo do presidente urinando nas calças

Imagens de dezembro mostraram uma mancha escura espalhada pela calça cinza do presidente de 71 anos, enquanto ele acompanhava o hino nacional em um evento

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Seis jornalistas no Sudão do Sul foram detidos devido à circulação de imagens que mostram o presidente Salva Kiir parecendo se molhar em um evento oficial, disse o sindicato nacional de jornalistas neste sábado (7).

As imagens de dezembro mostraram uma mancha escura espalhada pela calça cinza do presidente de 71 anos, enquanto ele acompanhava o hino nacional em um evento de inauguração de uma estrada.

Jornalistas são presos no Sudão por vídeo do presidente urinando nas calças (Foto: Reprodução)

O vídeo nunca foi ao ar na televisão, mas posteriormente circulou nas redes sociais. Os jornalistas, que trabalham para a estatal South Sudan Broadcasting Corporation, foram detidos na terça (3) e quarta-feira (4), disse Patrick Oyet, presidente do Sindicato de Jornalistas do Sudão do Sul.

Eles “são suspeitos de ter conhecimento de como o vídeo do presidente urinando em si mesmo foi divulgado”, disse ele à Reuters. O ministro da Informação do Sudão do Sul, Michael Makuei, e o porta-voz do Serviço de Segurança Nacional, David Kumuri, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Kiir é presidente desde que o Sudão do Sul conquistou a independência em 2011. Funcionários do governo negaram repetidamente os rumores que circulam nas redes sociais de que ele não está bem. O país esteve envolvido em conflitos durante grande parte da última década.

Os jornalistas detidos são os cinegrafistas Joseph Oliver e Mustafa Osman; editor de vídeo Victor Lado; colaborador Jacob Benjamin; e Cherbek Ruben e Joval Toombe da sala de controle, disse Oyet.

“Estamos preocupados por que aqueles que estão detidos agora ficaram mais tempo do que a lei diz”, acrescentou. Por lei, as autoridades do Sudão do Sul estão autorizadas a deter suspeitos por apenas 24 horas antes de levá-los a um juiz.

O incidente “combina com um padrão de pessoal de segurança que recorre à detenção arbitrária sempre que as autoridades consideram a cobertura desfavorável”, disse o representante da África Subsaariana para o Comitê de Proteção aos Jornalistas, Muthoki Mumo.



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