Operação Faker: Quadrilha causou prejuízo de mais de R$ 28 milhões no Piauí

A operação investiga casos de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro nas cidades de Agricolândia, Teresina e Timon.

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A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) divulgaram nesta quinta-feira (1º) o resultado Operação Faker, que investiga casos de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro nas cidades de Agricolândia, Teresina e Timon.

Segundo o delegado Tales Gomes, uma quadrilha composta por pessoas da mesma família provocou prejuízo de mais de milhões R$ 28 milhões ao estado do Piauí. Foi realizado o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão e sequestro patrimonial.Operação Faker: Quadrilha causou prejuízo de mais R$ 28 milhões no Piauí (Foto: Raíssa Morais/ Meio Norte)

“A Décor fez o trabalho de levantamento de informações de empresas, pessoas físicas e jurídicas. Nessa fase da operação foram instaurados dois inquéritos, um por parte patrimonial, com a Decor, e outro com falsificação de documentos de identidade. Mais de 80 empresas, algumas com nomes verdadeiros e outras com nomes fictícios geraram um débito junto ao estado do Piauí de mais de R$ 28 milhões de reais. A gente tem uma documentação da Procuradoria Geral do Estado diante da cobrança, em termos de processos, desse montante todo”.

Segundo o delegado, foram apreendidos 10 veículos, sendo quatro motos e seis carros, armas de fogo com numeração suprimida em Teresina e no município de Agricolândia. Nos autos realizados em Timon, foram encontrados dois tabletes de drogas, 15 mil reais em dinheiro e mais de 300 selos produzidos pela quadrilha de falsificação no cartório situado na cidade. 

Na manhã desta quinta-feira (1º), policiais cumpriram o mandado de prisão preventiva contra o proprietário do escritório de contabilidade, um homem identificado como Elinaldo Soares Silva. Segundo o delegado Tales Gomes, Elinaldo e entes familiares, que não tiveram os nomes divulgados, comandavam o cartório.

Com a operação deflagrada nesta quinta, esta é a terceira vez que Elinaldo é preso. Contra o acusado pesa ainda os crimes de posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida, receptação qualificada de bem público, uso de documento falso e falsificação de documento público.

Em nota, o Conselho Regional de Contabilidade do Piauí informou que Elinaldo Soares Silva não possui registro no CRC/PI, nem como Pessoa Física e nem como Pessoa Jurídica. Portanto, não pode ser denominado como Profissional da Contabilidade ou Empresário Contábil.

“NOTA DE ESCLARECIMENTO 

O Conselho Regional de Contabilidade do Piauí, em virtude de notícias divulgadas pela imprensa, vem a público esclarecer que o senhor Elinaldo Soares Silva não possui registro no CRC/PI, nem como Pessoa Física e nem como Pessoa Jurídica. Portanto, não pode ser denominado como Profissional da Contabilidade ou Empresário Contábil.

Com base na missão do CRC/PI, que é defender a sociedade através da fiscalização do exercício profissional, informamos que serão tomadas as medidas cabíveis frente ao apontado exercício ilegal da profissão”, diz.

Em abril de 2019, o Greco realizou apreensões em um escritório de contabilidade na capital piauiense. Foram encontrados diversos documentos falsos, cartões bancários e carimbos.

A partir disso, policiais da Deccor constataram a existência de uma organização criminosa no Piauí e no Maranhão que atuava com fraudes documentais e lavagem de dinheiro, com potencial participação de cartórios, estabelecimentos bancários e outros entes.



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