O Brasil registrou 38 pontos e ficou em 94º lugar entre 180 países no ranking mundial da corrupção divulgado pela Transparência Internacional na madrugada desta terça-feira (31).
É o terceiro ano consecutivo que o Brasil mantém um desempenho ruim no índice, de acordo com a organização.
O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) mede como especialistas e empresários enxergam a integridade do setor público nos 180 países pesquisados. A nota vai de 0 a 100, onde 0 significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.
Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.
Etiópia, Argentina, Tanzânia e Marrocos obtiveram a mesma nota que o Brasil.
Para a Transparência Internacional, o resultado mostra que o país perdeu uma década de avanços no combate à corrupção.
A pior avaliação obtida pelo Brasil, de 35 pontos, foi registrada em 2018 e 2019. O segundo pior desempenho ocorreu em 2017, com 37 pontos.
Posição do Brasil nos levantamentos:
- 2022 - 94ª posição
- 2021 - 96ª posição
- 2020 - 94ª posição
- 2019 - 106ª posição
Notas do Brasil:
- 2022 - 38 pontos
- 2021 - 38
- 2020 - 38
- 2019 - 35
Outros países no ranking:
- 1º lugar - Dinamarca - 90 pontos
- 2º lugar - Finlândia - 87 pontos
- 3º lugar - Nova Zelândia - 87 pontos
Média global - 43 pontos
Média dos países do continente americano - 43 pontos
Avaliação da Transparência
O resultado obtido pelo Brasil, afirma a Transparência, “reflete o desmanche acelerado dos marcos legais e institucionais anticorrupção que o país havia levado décadas para construir” e a “degradação” das instituições democráticas do país durante o governo Bolsonaro.
Segundo a Transparência Internacional, embora o Brasil tenha avançado dois lugares no ranking, o desempenho em relação ao combate à corrupção permaneceu inalterado porque houve a piora de outros países.
Outros países
No levantamento de 2022, Somália (12 pontos), Síria e Sudão do Sul (13) ocuparam as últimas posições do ranking. A lista de dez países considerados “altamente corruptos” é completada por Venezuela, Iêmen, Líbia, Coreia do Norte, Haiti, Guiné Equatorial e Burundi
Segundo a Transparência Internacional, parte da nota obtida por esses países pode ser atribuída, além do retrocesso em instituições democráticas, a conflitos armados nas regiões.
“A corrupção e os conflitos armados alimentam um ao outro e ameaçam a paz duradoura. De um lado, os conflitos criam um terreno fértil para a corrupção”, afirma o relatório.
A melhora no cenário da corrupção pode ser alcançada, na avaliação da instituição, por meio da promoção da transparência e do fortalecimento de instituições que são “fundamentais para evitar mais conflitos e preservar a paz”.
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