Entenda o que é o chip cerebral de Elon Musk, que fará testes em humanos

A empresa do bilionário recebeu o aval da FDA, órgão semelhante à Anvisa, para realizar o teste em humanos

Planos iniciais de Elon Musk eram de começar os testes em humanos em 2020 | Reprodução: Internet
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A Neuralink, empresa que tem como sócio o bilionário Elon Musk, divulgou nesta última quinta-feira (25) que recebeu o aval da FDA (Food and Drug Administration, em inglês) -órgão semelhante à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) do Brasil- para implantar e iniciar testes de chips cerebrais em humanos. A companhia vinha sofrendo diversas rejeições nos pedidos de autorização por conta de polêmicas e relatos de ex-funcionários quanto a maltrato de animais e ritmos insalubres de trabalho.

O comunicado da autorização foi feito pela própria empresa em seu perfil no Twitter, também de propriedade de Elon Musk. “Estamos entusiasmados em compartilhar que recebemos a aprovação do FDA para lançar nosso primeiro estudo clínico em humanos”, escreveu a Neuralink. A empresa de Musk informou que o recrutamento para os ensaios ainda não está disponível. 

“Mesmo que alguém nunca tenha tido visão, nunca, como se tivesse nascido cego, acreditamos que ainda podemos restaurar a visão [com os chips]”, declarou Musk em um evento em dezembro de 2022. A Neuralink é investigada por supostos maus-tratos com animais durante testes clínicos dos chips cerebrais. A denúncia foi protocolada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) por violações à Animal Welfare Act (Lei de Bem-Estar Animal), que regula o tratamento de animais em testes realizados por pesquisadores.

Chip da besta?

Não, pelo contrário que se especula nas redes sociais, o chip cerebral não tem como objetivo controlar a mente humana, mas sim auxiliá-la em doenças. O objetivo dos microchips em humanos, segundo o bilionário, é tratar condições como paralisia e cegueira, ajudando pacientes a utilizar telas e aparelhos móveis a controlar a interface através do pensamento, por exemplo. Já testados em cobaias símias, os chips devem interpretar os sinais cerebrais e enviar informações relevantes a dispositivos através da tecnologia Bluetooth.

O plano inicial era de começar os testes com chips em humanos ainda em 2020, conforme prometido em 2019, mas a Neuralink enfrentou adiamentos tanto por conta da falta de aprovação quanto por problemas na velocidade do desenvolvimento. Em dezembro de 2022, a companhia teria sido investigada por relatos de maus tratos animais e diversas violações, como transporte e armazenamento indevido de material biológico.

Futuro 

Recentemente, pesquisadores suíços conseguiram avançar no campo dos implantes cerebrais e ajudaram um cidadão holandês a andar com a ajuda de implantes, que, através de tecnologia sem fio, enviam comandos às suas pernas e pés. Isso pode ter ajudado a FDA a acelerar o processo de aprovação dos experimentos nos Estados Unidos.

Segundo Elon Musk, tecnologias como a desenvolvida pela companhia podem ajudar a afastar medos de que a inteligência artificial acabe substituindo o trabalho humano e preocupações semelhantes. Especialistas, no entanto, seguem levantando preocupações em relação à ética de testes envolvendo chips em cérebros humanos, afirmando serem necessárias experimentações extensivas e o enfrentamento de desafios técnicos consideráveis.



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