Especialista alerta para os riscos e cuidados com a paralisia facial

Embora isso esteja muito associado ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), o problema pode ser resultado de uma inflamação no nervo facial

Paralisia facial em Justin Bieber | Reprodução
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Imagine acordar e perceber que perdeu o movimento em um dos lados da face. Embora isso esteja muito associado ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), o problema pode ser resultado de uma inflamação no nervo facial que, se não tratada de forma precoce, pode causar danos irreversíveis para o paciente.

Em entrevista ao Meionorte.com, o médico otorrino Erick Barros explica a diferença entre as duas condições: "Existem dois tipos de paralisia facial: a periférica e a central. Esta decorre de comprometimentos neurológicos centrais resultantes, por exemplo, de um AVC. Normalmente, na paralisia facial central, a pessoa vai ter comprometimento do terço inferior da face, mas a parte da testa continua movimentando. Já a paralisia facial periférica não decorre de um AVC e sim de um comprometimento nervofacial, geralmente na região dentro do ouvido", alerta o médico.

Esta condição foi revelada recentemente pelo cantor Justin Bieber e pelo influencer piauiense Francílio Rodrigues, o Franfran. Suas causas, segundo o especialista, são diversas e podem estar até mesmo relacionadas ao estresse, mas nem sempre fáceis de identificar. 

Justin Bieber revelou recentemente que perdeu o movimento de um lado do rosto  | FOTO: Reprodução

"A maioria das vezes é idiopática, ou seja, sem uma causa identificável. Mas quando há, a paralisia pode ter sido provocada por traumas na região do ouvido, infecções bacterianas como a doença de Lyme, infecções virais, principalmente causadas pela Herpes Simples, Varicela Zoster  (o mesmo da catapora), citomegalovírus, além do estresse. Otites médias agudas também podem causar paralisia e comprometer o nervo facial", elenca.

Erick Barros explica que a grande maioria dos pacientes, principalmente aqueles que procuram atendimento precocemente, conseguem recuperar totalmente os movimentos depois de algumas semanas.

"Em 80% dos casos, depois de um período variável de dias ou semanas, a movimentação facial e a recuperação do nervo vai voltando ao normal, assim como a musculatura. Pode ser uma recuperação total e o paciente fica sem nenhum tipo de sequela, ou parcial, quando alguns movimentos ainda ficam comprometidos. Por isso, quanto mais precoce for o tratamento, no sentido de usar medicações anti-inflamatórias e fazer fisioterapia para recuperar a movimentação, maior a chance de uma recuperação completa", destaca o profissional.

O tratamento deve ser seguido à risca e envolve medicações anti-inflamatórias, fisioterapia e até colírio em casos de perda de movimentação da pálpebra.

"Existem casos de pacientes que não conseguem fechar o olho do lado afetado e a produção de lágrimas fica prejudicada. Isso provoca o ressecamento do olho e pode causar até ulcera de córnea, um dos principais acometimentos em paralisias faciais periféricas. Por isso, é importante ter os cuidados de estar sempre lubrificando o olho e fechá-lo à noite antes de dormir", complementa.



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