Estudo mostra novo tratamento que pode eliminar pedra nos rins sem dor

A prática pode ser realizada com os pacientes acordados, em sala de emergência ou em clínicas, de forma rápida e indolor

Estima-se que 15% da população possa ser acometida pelo cálculo renal e que cerca de 1,5 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de disfunção renal | Reprodução: Internet
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As pedras nos rins, ou cálculos renais, são uma das maiores causas de dor abdominal aguda. O problema é caracterizado pela formação de massas sólidas, que se assemelham a pedras, compostas pelo acúmulo de cristais presentes na urina e que dificultam o funcionamento adequado do sistema urinário. As pedras alojadas nos rins não costumam causar desconforto. Mas quando elas se deslocam e percorrem até a bexiga, a pessoa pode sentir picos intensos de dor abdominal (cólicas).

Na maioria dos casos, os pacientes são instruídos a apenas esperar que a pedra saia por conta própria. Mas para cerca de um em cada quatro pacientes isso nunca acontece, desencadeando a necessidade de intervenção cirúrgica. Um novo estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, testaram um tratamento não cirúrgico e minimamente doloroso que usa dois tipos de ultrassom para eliminar "cálculos ureterais", fazendo com que eles se quebrem, desalojam e reposicionam para facilitar a passagem dos cálculos mais fácil e rapidamente.

A pesquisa se concentrou no potencial de combinar duas ferramentas de ultrassom diferentes: propulsão ultrassônica (UP) e litotripsia por ondas de explosão (BWL). A ideia surgiu de um esforço liderado pela NASA para desenvolver uma abordagem sem sedação para pedras nos rins para astronautas em viagens de longa distância. A propulsão ultrassônica é projetada para ajudar a mover e reposicionar a pedra problemática, enquanto o BWL é implantado para quebrar a pedra em pedaços menores. 

Essas práticas podem ser realizadas com os pacientes acordados, em sala de emergência ou em clínicas, de forma rápida e indolor. Para ver como a abordagem de ultrassom duplo pode funcionar, os pesquisadores recrutaram 29 pacientes em 2018, tratando 16 apenas com propulsão e 13 com ela e BWL. Ambas as técnicas utilizam botões diferentes na mesma máquina de ultrassom. A propulsão ultrassônica desencadeou o movimento de pedras em 19 dos 29 pacientes. 

Em dois casos, as pedras foram realmente empurradas para fora do trato urinário até a bexiga, proporcionando alívio imediato em um paciente. Já a BWL efetivamente quebrou pedras em sete dos 13 pacientes com UP/BWL, normalmente em 10 minutos ou menos. E mais de duas semanas após o tratamento com ultrassom, as pedras foram eliminadas do corpo em 18 dos 21 pacientes, todos com pedras mais próximas da bexiga do que do rim. 

Para este grupo, em média, a passagem completa do cálculo levou quatro dias após o procedimento. Não foram observados efeitos colaterais graves e os níveis de dor foram marcadamente mais baixos após o ultrassom, em geral. Aqueles que não obtiveram o resultado desejado foram para a cirurgia padrão.



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