Novo medicamento experimental retardada Alzheimer em 35%, diz estudo

O Alzheimer é uma doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes

Testes em estágio final trouxeram números animadores para a ciência | Reprodução: Internet
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No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência. Em todo o mundo, ao menos 44 milhões de pessoas vivem com demência, tornando a doença uma crise global de saúde que deve ser resolvida. O diagnóstico de Alzheimer muda a vida da pessoa portadora da doença, além da vida de seus familiares e amigos, mas atualmente há informações e suporte disponíveis. Ninguém precisa enfrentar a doença de Alzheimer ou qualquer outra demência sozinho.

O avanço da ciência tem ajudado cada vez mais pessoas portadoras dessa condição. Um novo estudo realizado pela farmacêutica Eli Lilly and Co, mostrou um medicamento experimental para Alzheimer que retardou o declínio cognitivo em 35% em um teste já em estágio final. Na pesquisa, mostrou que a progressão da doença foi contida. A remoção de amilóides do cérebro pode ser a chave para vencer a enfermidade.

Segundo especialistas, essa é a evidência mais forte até agora de que remover placas amilóides pegajosas do cérebro beneficia pacientes com a doença. O medicamento da Lilly, o donanemab, atendeu a todos os objetivos do teste, disse a empresa. Ele retardou a progressão da doença de Alzheimer em 35%, em comparação com um placebo, em 1.182 pessoas com doença em estágio inicial cujos cérebros tinham depósitos de duas proteínas-chave da doença de Alzheimer, a beta-amilóide, assim como níveis intermediários de tau, uma proteína ligada à progressão da doença e à morte de células cerebrais.

A pesquisa também avaliou o medicamento em 552 pacientes com altos níveis de tau e descobriu que, quando ambos os grupos foram combinados, o donanemab retardou a progressão em 29%, com base em uma escala comumente usada de progressão da demência conhecida como Escala de Avaliação Clínica de Demência (CDR-SB). Usando essa escala, os especialistas disseram que as conclusões da Lilly estavam praticamente no mesmo nível do lecanemab, da Eisai Co Ltd e da Biogen Inc, comercializado sob a marca Leqembi, que reduziu o declínio cognitivo em 27% em pacientes com Alzheimer inicial em um estudo publicado ano passado. Os resultados levaram as ações da Lilly a um recorde, subindo mais de 6%, a 429,85 dólares.

O médico Ronald Petersen, um pesquisador de Alzheimer na Mayo Clinic, disse que o teste da Lilly é o terceiro a mostrar que a remoção de amilóides do cérebro retarda a progressão da doença, o que poderia esclarecer algumas dúvidas persistentes sobre os benefícios dos medicamentos da classe e da teoria da redução de amilóides. “É modesto, mas acho que é real”, disse ele sobre o benefício, “e acho que é clinicamente significativo”, finalizou.

O que é o Alzheimer? 

A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum e também é um termo geral usado para descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não mais consegue funcionar corretamente. O Alzheimer causa problemas na memória, pensamento e comportamento. Nos estágios iniciais, os sintomas de demência podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença causa mais danos ao cérebro. A taxa de progresso da doença é variável conforme a pessoa, contudo, pessoas portadoras de Alzheimer vivem em média até oito anos após o início dos sintomas.

Apesar de não haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos para tratar os sintomas de demência. Nas últimas três décadas, as pesquisas sobre demência proporcionaram uma compreensão muito mais profunda sobre como o Alzheimer afeta o cérebro. Hoje em dia, os pesquisadores continuam a buscar tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir o Alzheimer e melhorar a saúde cerebral.



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