PI: procura por antidepressivos cresce 22% durante a pandemia

Segundo o Conselho Federal de Farmácia, mais de 1.1 milhão de medicamentos foram vendidos no estado

remedio | Reuters
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Durante todo o ano de 2020, o Brasil registrou quase 100 milhões de medicamentos antidepressivos ou estabilizantes de humor vendidos para o público. Esse dado corresponde a um aumento de 17% em comparação aos 12 meses anteriores (2019), evidenciando um crescimento considerável ao longo do período pandêmico. Deste modo, especialistas alertam para a necessidade de atenção redobrada no consumo e distribuição das medicações.   

No Piauí, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) registrou aumento de 22% no consumo estadual, dados superiores à média brasileira, correspondendo a 1.187.533 de caixas de medicamentos comercializadas. De acordo com o Farmacêutico, Roberto Gomes, ainda que importantes aliados para a saúde, o aumento pode ser considerado um aviso e precauções devem ser tomadas.   

Comprimidos (Foto: divulgação)

“Sem dúvidas, os antidepressivos contribuem para a melhoria da saúde mental em casos como depressão, ansiedade e até insônia, queixas frequentes desde o início da pandemia. Mas, é importante reforçar que o consumo dos medicamentos controlados de maneira imprópria, sem uma correta adequação clínica, pode acarretar problemas graves, como a dependência”, pontua Roberto.   

O cenário imposto pela pandemia da Covid-19 trouxe uma complexidade de sentimentos e, com isso, a orientação ao tratamento via dispensação de receitas dos medicamentos tarja preta. Como explica o farmacêutico, vários fatores podem sugerir o tratamento com esse tipo de fármaco. "Com o desemprego crescente, o número de mortos aumentando e o isolamento social essencial para a segurança, a ansiedade da população com certeza se intensifica. São esses medos e influências externas que afetam o psicológico, tão frequentes durante todo o ano passado. É compreensível o aumento das medicações controladas, já que tem muitas pessoas em busca de atendimento biopsicossocial”, finaliza Roberto Gomes.   

O acompanhamento médico e a orientação de um profissional de Farmácia são imprescindíveis para a boa saúde. Por isso, os medicamentos sujeitos a controle especial são vendidos apenas sob prescrição médica e dispensação do farmacêutico, a fim de evitar a automedicação e danos ao bem-estar físico e mental.



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