Qual é o poder da banana verde contra o câncer? Estudo responde

Especialistas das Universidades de Newcastle e Leeds conduziram o estudo e o publicaram na revista Cancer Prevention Research

O hábito de comer uma banana verde por dia pode ter uma forte influência na prevenção do câncer | Reprodução: Internet
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A banana verde é a forma não madura da banana amarela comum. Tipicamente consumida cozida em pratos salgados, ela pode oferecer diversos nutrientes e vitaminas do complexo B assim como a sua forma madura. No entanto, possui algumas diferenças da fruta comum. A grande diferença da Banana madura para a banana verde está no alto teor de amido resistente: cerca de 50% a 90% a mais dessa substância, que não é digerida pelo organismo e não se transforma em açúcar, apresentando comportamento parecido ao da fibra alimentar.

O hábito de comer uma banana verde por dia pode ter uma forte influência na prevenção do câncer, de acordo com um estudo conduzido por especialistas das Universidades de Newcastle e Leeds. Segundo os cientistas, o consumo regular de bananas verdes, ricas em amido resistente, pode reduzir o risco de certos tipos de câncer em até 60%. A pesquisa focou em pessoas com síndrome de Lynch, uma condição genética que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer.

Os participantes receberam uma dieta rica em amido resistente e os resultados revelaram uma redução significativa do risco de várias formas de câncer, especialmente aqueles relacionados ao trato gastrointestinal superior, como esôfago, estômago, trato biliar, pâncreas e duodeno. O efeito protetor da dieta durou até 10 anos após a interrupção do suplemento, o que indica a possibilidade de benefícios também para a população em geral, não apenas para pessoas com síndrome de Lynch.

Durante um período de seis anos, entre 1999 e 2005, quase 1.000 participantes receberam amido resistente em pó diariamente por dois anos, enquanto outros receberam placebo. Ao longo do acompanhamento, foram registrados apenas cinco novos casos de câncer do trato gastrointestinal superior entre os participantes que receberam o amido resistente, em comparação com 21 casos entre aqueles que receberam o placebo.

O professor John Mathers, especialista em nutrição humana em Newcastle, ressaltou a importância desses resultados, destacando a dificuldade de diagnosticar e detectar precocemente os cânceres do trato gastrointestinal superior. Segundo ele, a dose de amido resistente utilizada no estudo era aproximadamente equivalente à encontrada em uma banana verde.

O amido resistente também está presente em alimentos como ervilhas, feijões e aveia. Acredita-se que esse tipo de amido, que não é digerido no intestino delgado, mas fermenta no intestino grosso, promova o crescimento de bactérias intestinais benéficas e altere a produção de ácidos biliares, que estão relacionados ao desenvolvimento do câncer. No entanto, o professor Mathers enfatizou que são necessárias mais pesquisas para corroborar essas descobertas e entender melhor os mecanismos envolvidos nessa relação entre o amido resistente e a prevenção do câncer.



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