Mãe de jovem que caiu de ponte em Castelo:'Não foram empurradas'

Valéria Alves Ferreira, de 22 anos, e suas amigas de 15 e 16 anos, caíram de uma altura de 10 metros de cima da mureta da guarita que fica na lateral de uma ponte localizada no povoado Xinguara, na zona rural de Castelo do Piauí. A estrutura de concreto não suportou o peso das jovens.

Valéria Ferreira e a menor de 15 anos sofreram fratura nas pernas e passaram por cirurgia, a outra adolescente sofreu uma lesão no calcanhar. As três estão conscientes e passam bem. Uma outra jovem que fazia parte do grupo não sofreu ferimentos. Todas foram encaminhadas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

A mãe de Valéria, Dona Antonelma Alves, que chegou ao local e encontrou a filha agonizando, se emocionou ao relembrar como tudo aconteceu. “Elas foram só para tirar as fotos, e eu vi quando elas saíram e só deu tempo elas chegarem lá. Quando elas  entraram, uma delas já voltou dizendo que a ponte tinha quebrado com elas”,  contou. 

Segundo ela, não é a primeira vez que as meninas tiram fotos no local. “Elas já tinham ido outras vezes”.  Antonelma ainda falou sobre o estado de saúde da filha:  “Acho que o pior já passou. Ela estábem. Eu espero melhora para elas e para as outras”, disse.  

A Polícia Civil chegou a cogitar a possibilidade de as jovens terem sido empurradas. Mas segundo Antonelma, isso não aconteceu. “ Não, a estrutura de concreto que não segurou. A estrutura arriou, aí elas caíram. Elas não foram empurradas de maneira nenhuma”,  garantiu. 

O médico Gilberto Albuquerque, diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), falou sobre o estado de saúde das jovens, explicando que duas delas sofreram fraturas expostas e a outra fratura fechada. 

“As duas que já entraram com faturas expostas e foram operadas; elas se encontram com o estado clinico estável. Já outra que a fratura foi fechada, realizou exames agora pela manhã e está aguardando melhor momento para cirurgia”, informou, ao tranquilizar as famílias das jovens:“Estão com quadro de saúde sob controle”. 

Segundo o diretor, as meninas estão sendo acompanhadas pela equipe médica e uma delas pode ficar com sequelas.  “As duas primeiras que tiveram fraturas expostas, principalmente a que teve fratura no fêmur é sempre preciso ter mais cuidado, porque as complicações podem surgir depois, e não necessariamente nesse momento", alertou. 

“Elas relataram que caíram de uma ponte. Só isso. Essas conversas mais aprofundadas a gente faz quando tem presença de um psicólogo”, finalizou.