Em Sabatina, Fábio Sérvio diz: “Segurança Pública será prioridade”

Em Sabatina, Fábio Sérvio diz: “Segurança Pública será prioridade”

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O empresário e publicitário Fábio Sérvio, candidato ao Governo do Estado pelo Partido Social Liberal (PSL), de Jair Bolsonaro, foi o quarto a participar da série de sabatinas com candidatos nas eleições de 2018, no Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta terça-feira (14/08).

Já foram sabatinados Romualdo Sena, candidato ao Governo pelo partido da Democracia Cristã (DC), Lourdes Melo, candidata ao Governo pelo Partido da Causa Operária (PCO) e o governador Wellington Dias, candidato à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT). 

Fábio Sérvio respondeu perguntas dos jornalistas Arimatéa Carvalho, Samantha Cavalca, Ananias Ribeiro e do apresentador Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, a candidato respondeu questionamentos enviados por telespectadores. A sabatina teve duração de 30 minutos.

Durante a entrevista, Fábio Sérvio afirmou que caso seja eleito governador, irá priorizar a valorização dos policiais no Piauí. Candidato afirma que o atual governo "persegue" a Polícia Militar. Ele também declarou suas propostas para área da Segurança Pública, comentou a recente polêmica envolvendo o vice de Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Questionado sobre as constantes críticas feitas por Jair Bolsonaro contra a imprensa, Sérvio afirmou: "Sou contra o cerceamento da liberdade de imprensa". 

Amadeu Campos: Candidato, o senhor se considera preparado e quer governar o Piauí?

“Eu acho que a vida nos preparou, formação profissional, formação familiar que nós tivemos a graça de ter, os valores cristãos que a gente adquiriu no decorrer da vida, os posicionamentos que a gente manteve  e os caminhos que a gente percorreu para chegar até aqui. Mas não basta só isso. Hoje é necessário ter coragem para enfrentar essa classe política, esse sistema, essa situação em que o estado do Piauí vive hoje e que o Brasil também vive, a situação da Segurança Pública, da Educação, da Segurança como eu falei, e da Saúde. Mas principalmente entender que tudo isso é fruto de uma única coisa chamada corrupção, de um acordo que tomou conta do país, que a Lava Jato demonstra isso, e outras operações que acontecem que mostram isso e que tira o dinheiro que é do povo, que vem do dinheiro que eu pago, do dinheiro de quem nos assiste paga. Quem está aqui, Amadeu, Ananias, Liana, Samantha, Arimatéa, pagamos, e cada compra que a gente faz, esse dinheiro, que não é muito, mas que se fosse tratado com prioridade, corretamente, aplicado com lisura, com honestidade, seria suficiente para resolver grandes problemas da sociedade, dos piauienses”, afirmou.

Samantha Cavalca: Candidato, nós sabemos que o seu partido [PSL] é o partido do candidato à  Presidência Jair Bolsonaro, que escolheu o general Mourão para ser seu vice na corrida. Na avaliação de alguns, porém, o general estreou com ‘pé esquerdo’, porque em uma de suas declarações, ele cita “indolência” dos índios e “malandragem” dos negros, então eu queria saber qual sua avaliação dessas declarações?

“Primeira coisa, não tem perigo nenhum do general Mourão estrear com o ‘pé esquerdo’, estreou com o ‘pé direito’. É…O que acontece com essa declaração, é preciso ter cuidado com os extratos de informações, extratos de declarações que são dadas. O general Hamilton Mourão fez uma declaração, dentro de um contexto, isso já foi justificado e é perigoso rotular pessoas a partir de fragmentos de frases, dentro de um contexto que é colocado. Isso foi tentado se fazer com Jair Bolsonaro, mas não deu certo e tentou se fazer isso agora com o Mourão, que é um homem integro, de carreira, e é seguir em frente”, disse, ao acrescentar: “O importante é a gente discutir o Brasil, discutir as mudanças que a gente precisa para o Piauí”.

Ananias Ribeiro: Fábio, você é o candidato de Jair Bolsonaro ao Governo do Estado, Jair tem uma postura muito clara sobre  Segurança Pública, tem formação militar e dentro do seu partido, pretende também dar espaços para os militares. Então como o senhor vê a atual situação dos militares no Piauí? Quais propostas senhor tem a apresentar para os policiais e qual a participação dos militares em um eventual Governo do Estado?

“Indo além da questão dos militares, a gente quando fala em militar, quando lembra a posição de Jair Bolsonaro e a nossa posição aqui no Piauí, a gente está falando de uma coisa chamada Segurança Pública, sem ela não existe nada na sociedade. Ela impacta tudo, e essa talvez seja hoje a maior ansiedade, maior necessidade e o maior clamor dos piauienses. Hoje mesmo a gente viu no noticiário, noticiado aqui mesmo na Meio Norte, dos arrastões que estão acontecendo nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina (UBSs). Isso é um sinal de colapso. Colapso que não precisa ir além das redes sociais, a gente recebe o tempo todo imagens de viaturas dando pane nas ruas de Teresina. Muito bem, para Jair Bolsonaro Segurança Pública é prioridade, para nós aqui no Piauí também", garantiu. 

De acordo com o candidato, o atual governo não tem como prioridade a valorização dos policiais. Fábio Sérvio critica o investimento feito na área, segundo ele de R$ 600 mi, explicando que no estado de Alagoas, com aspectos, conforme ele, 'parecidos' com os do Piauí, o valor destinado foi o dobro, mais de R$ 1 bi. 

"Polícia Militar, Polícia Civil, agente penitenciário tem uma função importantíssima. Mas é preciso entender que nos últimos anos eles não foram prioridades para o estado. Eu falo isso claramente, vou usar dados para comprovar essa história, vou fazer um comparativo aqui. Tudo parte da questão do orçamento, orçamento do estado do Piauí em Segurança Pública em 2017, já que 2018 ainda não terminou, foi pouco mais de R$ 600 milhões. Alagoas tem a mesma população do Piauí,  a mesma receita e arrecadação e com território menor que o do Piauí, e lá foi destinado R$ 1,2 (um bilhão e 200 milhões) em 2017, o dobro do estado do Piauí. O que nós temos hoje é falta de prioridade do governo, essa visão distorcida de Segurança Pública que se arrasta há muito tempo", criticou. 

Fábio Sérvio afirma que o governo "persegue" a Polícia Militar. Segundo ele, a PM foi "afastada" da sociedade. O candidato também lista suas propostas para área, caso seja eleito governador. 

"É preciso reequipar a Polícia Militar, sim, é preciso dar condição de trabalho para o policial militar,sim; esses homens são heróis e é preciso destacar que muitos deles perderam a vida em condições em que não poderiam perder. Eu vou dar um exemplo aqui, não me lembro aqui nome do policial, mas honro a memória dele, que faleceu transportando presos na caçamba de uma viatura, porque a viatura era alugada e não tinha o devido aparato, que é aquela cela, e que ele tinha que transportar o preso lá atrás, aí a viatura virou e ele acabou perdendo a vida. E assim foram tantos outros policiais militares. Além disso, o atual governo não dar as condições; ele persegue a Polícia Militar. É preciso corrigir isso, valorizar, dar as condições, reequipar, restaurar o sistema de comunicação da PM que não tem, aproximar a Polícia Militar da comunidade, porque foi distanciada e falta política pública especifica para isso. Eu conheci recentemente em Brasília, tivemos a oportunidade de estarmos novamente aqui com esses coronéis no Piauí, Martinez e coronel Miller de São Paulo, o TCO, que é algo que a gente precisa colocar na mesa, o TCO associado a tecnologia, que revolucionou o policiamento em Santa Catarina e pode fazer o mesmo no Piauí”, comentou.

Arimatéa Carvalho: Candidato, o deputado federal Jair Bolsonaro é um critico da imprensa brasileira e sempre nas entrevistas ele aproveita para criticar os grandes veículos de comunicação. O senhor é dono de um jornal, o jornal Diário do Povo, então gostaria de saber qual é a sua opinião sobre o papel da imprensa, saber se o senhor compartilha das mesmas opiniões negativas de Jair Bolsonaro sobre os jornalistas?

“Eu não creio, Ari, que haja comentários negativos. Eu acho que há críticos e todos nós estamos sujeitos a críticas, inclusive a imprensa também. Ele [Jair Bolsonaro] se posicionou em alguns momentos contra algumas  coisas, algumas declarações, e ele teve as razões dele e eu concordo com a razões dele. Nós somos Jarir Bolsonaro, Fábio Sérvio e todos que estão conosco, somos defensores da liberdade de imprensa. O Jair nunca processou, não tenho essa informação, nenhum jornalista. Ele pediu direito de resposta, se posicionou de maneira firme. Isso é natural. Eu, por exemplo, Fábio Sérvio, enquanto pessoa física, fui processado, minha empresa e perseguido pelo governo, pelo atual governador do estado Wellington Dias por matérias que foram veiculadas no jornal Diário do Povo, e que posteriormente se transformaram em verdade. Só para deixar claro, nós vencemos os processos. Foi a primeira vez na história do Piauí que isso aconteceu, a Justiça mostrou sua liberdade, garantiu liberdade de imprensa e é isso que a gente precisa  fazer. Vou citar aqui quais foram as razões do processos: a primeira deles em relação a JBS, que nós apresentamos em abril do ano passado que a JBS, aquela empresa lá da Lava Jato, do Joesley Bastista, havia destinado um valor especifico para o Partido dos Trabalhadores no estado do Piauí. Isso gerou um processo, que inverdade foi isso? Então eu sou contra o cerceamento da liberdade de imprensa, seja intimidação ou seja pela judicialização adequada, ou seja, pela imposição”, disse.

Samantha Cavalca: Candidato, na reta final das coligações o PSL foi um dos partidos mais 'assediados'. Foram feitos oito convites para o Dr. Pessoa, então queria saber por que vocês não aceitaram?

“Eu respeito aposição do Dr. Pessoa! Realmente é um bom candidato, assim como os outros que se apresentam nesse momento, e a gente precisa de uma renovação. Eu tenho minhas limitações em relações as posições de um e de outro, mas a gente está fazendo algo que, na minha opinião, é algo mais importante do que simplesmente uma eleição. A gente está levando mensagens, posicionamentos muito firmes. Nós temos uma questão específica, que nós não abrimos mão disso, que é defender a vida, ser contra a legalização do aborto no Brasil. Então a gente precisa ter certeza de que quem vai estar lá como deputado federal, defenda, se alinhe, defenda esses valores cristãos como a gente defende também. Para isso a gente precisa conhecer as pessoas, conhecer o policiamento delas, então a coligação poderia colocar em risco algumas defesas. Para gente não importa muito se vai ter mais voto, menos voto na coligação. O que é importante para gente, é ter posicionamento retilíneo, a defesa dos valores que a gente acredita e a gente não coloca na mesa apenas números. A gente colocada mesa o que fende e acredita”, afirmou.



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