Vakeira Funk cita 4 anos de agressões:'Me trancou 3 dias em casa'

Vakeira Funk cita 4 anos de agressões:'Me trancou 3 dias em casa'

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A cantora Gleyce Mendes, conhecida no meio artístico como Vakeira Funk, em entrevista para Rede Meio Norte nesta quinta-feira (05), quebrou o silêncio e falou sobre agressões que sofreu praticadas pelo ex-companheiro, um empresário identificado pela polícia como Marcelo Francisco Pereira, que ainda não foi preso.

De acordo com a cantora, as agressões começaram há quatro anos quando o casal vivia na cidade de Valença do Piauí. Os dois vieram para capital e a situação, segundo ela, ficou insustentável.

"Durante quatro anos eu passei sozinha, aguentei sozinha e sempre procurando proteger a minha família, proteger os meus filhos primeiramente, porque toda vez que eu ameaçava fazer alguma coisa, denunciar ou sair de casa, ele ameaçava os meus filhos. Então eu sempre pensava em proteger eles primeiramente, por isso eu nunca denunciei”,  disse em entrevista emocionante para a repórter Solange Sousa. 

A última agressão teria acontecido no dia 30 de maio, no escritório da banda, que fica na própria residência onde morava o casal, localizado na zona Sudeste de Teresina. Após isso, Gleyce Mendes resolveu procurar a Delegacia da Mulher. O caso só veio à tona no dia 18 de junho após a divulgação de um vídeo na qual Marcelo aparece batendo e tentando enforcar a cantora Gleicielly Mendes.

Vakeira Funk diz que não denunciou antes porque o ex-companheiro ameaçava os filhos dela. A cantora tem três filhos, sendo dois de um relacionamento anterior e uma filha com o empresário. 

“Eu pensei sempre que eu tenho dois filhos do meu antigo relacionamento e tenho uma filha com ele, então eu morria de medo só de pensar de acontecer alguma coisa com eles,  com os meus filhos, com a minha família, que é tudo de mais importante que eu tenho. Po isso, eu vivia acuada, amedrontada e longe da minha mãe, não conhecia ninguém na cidade onde morava. Eu não tinha em quem me apoiar”, desabafou. 

Em um dos casos ela relata que ficou tão machucada pelo socos que teria levado, que o marido a manteve em cárcere privado por três dias para que ninguém visse os hematomas. 

“Ele me levou para um lugar deserto, lá ele me espancou e eu estava com a minha filha no colo vendo tudo. Ele me espancou, eu fiquei muito deformada, com olho inchado. E aí ele me levou para casa, me trancou durante três dias em casa, sem ninguém entrar e sem que eu pudesse sair para ninguém ver o estado que eu estava, porque eu estava muito deformada”,  disse.  

Somente a mãe da cantora tinha conhecimento do drama familiar que ela vivia. “A minha mãe sabia porque sempre foi ela assim {...], o meu alicerce, então eu tentava poupar ela de algumas coisas que aconteciam, para ela não ficar triste porque eu sabia que ele aia sofrer. Ela sofria junto comigo, porque ele ligava dizendo para ela se preparar para receber o meu corpo, que iria me matar”, revelou, bastante abalada. 

“Teve vezes de ele me dar socos no nariz, manchar a casa de sangue e me fazia limpar. Eu sangrando e ele me fazia limpar”,  contou a cantora.  

Ela deixa um recado importante para mulheres que estão passando pela mesma situação. “Não escondam, gente. Não passem por isso, não aguentem isso como eu aguentei tanto tempo, porque é uma ferida  que cicatriza, mas a cicatriz sempre está ali", revelou. 

‘Impune ele não fica’, diz delegada sobre acusado de agredir cantora

A delegada responsável pelo caso, Vilma Alves, em  entrevista à Rede Meio Norte, informou que Marcelo negou o crime. Mas segundo Vilma Alves, Gleyce fez exame de Corpo de Delito que comprovou as agressões. Além disso, o vídeo gravado por por uma câmera do circuito interno de segurança do local em que a cantora aparece sendo agredida com socos e empurrões, além de sofrer uma tentativa de enforcamento, servirá como prova contra o acusado.

“Os agressores tem a mania de negar, eles não fizeram nada, eles nunca fazem nada, embora tenhamos dentro do inquérito que se trabalha todas as provas. Ela fez o exame de corpo de delito mostrando que houve as agressões tanto a física como a psicológica que para mim é pior do que a física”, declarou.

A delegada informou também que o inquérito já foi concluído, e detalha os próximos passos que serão realizados e as medidas adotadas após a denúncia. “A primeira coisa que nós fizemos foi uma medida protetiva de urgência, que ele não se aproximasse dela e agora na conclusão do inquérito nós vamos mandar para distribuição na Justiça, na 5ª Vara Criminal”, disse.



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