Por José Osmando
A leitura de jornal me acompanha desde os tempos de criança, não muito tempo após o aprendizado das primeiras letras, dotando-me de um hábito que se perpetua e se transforma em enorme benefício para minha compreensão diante do mundo, influenciando minhas atitudes perante a vida. Daí, ter o claro entendimento de que o leitor que se faz na infância será leitor para sempre.
A leitura diária do jornal nos mantém em dia pelo que vai pelo mundo e nos fornece as informações necessárias quanto ao trabalho, ao lazer, aos negócios, à política, ao acompanhamento das gestões públicas, e , mais do que isso, reforça-nos o sentido crítico e o comportamento ético frente às pessoas, ao mundo, à natureza, às relações humanas.
Nesses aspectos, o jornal põe algumas vantagens sobre o livro, porque não sendo estático feito este, nos atualiza frequentemente, colocando-nos sempre em movimento. O jornal tem, assim, expressiva influência na nossa formação. Hoje, mais do que nunca, com o avanço extraordinário dos meios de comunicação eletrônicos, on-line, e suas redes sociais - evento notável que permitiu uma maior democratização da informação, mas que carrega, por outro lado, uma gritante insegurança transportada pela proliferação de notícias falsas, de inverdades, de agressões e intolerância que se impõem maciçamente todos os dias-, o Jornal impresso passou a ter maior significado e importância na vida de cada um.
Capa do Jornal Meio Norte quando completou 10 mil edições
Pesquisas de opinião pública têm revelado que o meio impresso é o que registra a maior confiança entre os cidadãos, pois é nele que encontra a notícia mais real, sem vícios, sem mentira, sem interesse destrutivo, sem desvio. Com outro detalhe significativo: é o jornal impresso quem mais aprofunda a informação, quem mais se dedica à apuração, dando ao leitor maior segurança para o seu interesse. Assim, o jornal impresso passa ser cada vez mais necessário à vida das pessoas.
E é esse conceito de “necessidade” que me faz cada vez mais admirar o meio impresso, e a ter orgulho crescente do Jornal Meio Norte, um veículo que há 25 anos (completados em 1º de Janeiro de 2020) vem cumprindo com vontade e esforço inabaláveis a premissa de tornar a sua leitura diária um ato necessário à vida de cada leitor. Por todo esse tempo, nada nos traz mais alegria do que saber que o café da manhã- que alimenta o corpo para as labutas diárias-, se dá com a leitura do Meio Norte, um complemento para a alimentação do espírito e a ilustração da mente.
Compreendendo esse dever diário de informar e servir, do qual buscamos não nos afastar, temos estabelecido uma relação dialógica frequente com o leitor, abrindo-lhe canal direto de contato, de modo a servir aos seus interesses, aos seus anseios, devolvendo sempre na forma da boa informação, da notícia verdadeira, tratada com qualidade, de modo também a fazê-lo fortalecido na reflexão, capaz de ponderar e se posicionar diante dos questionamentos que a vida impõe.
Nunca nos passa pela cabeça a intenção de ser juiz ou promotor, de acusar ou julgar, mas de informar, esclarecer e servir, convictos, sempre e mais, de que vivemos numa sociedade complexa, exigente, perplexa, desigual e suscetível à invasão da desinformação e das maldades muito frequentes, oriundas a toda hora das redes sociais, e até mesmo de outros meios de comunicação, onde o filtro e a responsabilidade passam muito distante.
O Jornal Meio Norte tem a rigorosa compreensão de que a função da imprensa, além do seu primordial papel educativo, é informar. E informar de tal maneira que esse bem que o leitor está recebendo – a informação verdadeira, honesta e qualificada- enriqueça o seu conhecimento sobre os fatos e sirva à sua reflexão acerca dos posicionamentos a tomar, contribuindo, de maneira plural, responsável e imparcial, para sua formação cidadã, provocando na sociedade o debate que lhe permita escolher os melhores caminhos.
Domina-nos a convicção de que a imprensa deve estar, invariavelmente, ao lado da cidadania e do cidadão. E é esse exercício de construção - que só se dá em plena liberdade-, que nos permitirá seguir buscando o interesse público, o que é claramente necessário. É dessa forma que poderemos construir uma sociedade civil democrática, participativa e menos desigual Nisso, temos um longo caminho a percorrer, movidos pela determinação e pela esperança de que vamos continuar acertando.
De resto, cabe-nos o orgulho de estarmos fazendo do Meio Norte um Jornal Cada Vez Mais Necessário.