Apoliana Oliveira

Comentarista de política do Jogo do Poder. Jornalista, formada na Universidade Federal do Piauí.

Eleição da Mesa: Franzé recua e garante cumprir acordo com o MDB

Dois dias depois de convocar uma reunião da Mesa e admitir a anulação da votação que elegeu Severo Eulálio, presidente diz agora que é preciso aguardar

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O deputado estadual Franzé Silva (PT) mudou o tom ao falar da possibilidade de nova eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em consequência de um julgamento no Supremo Tribunal Federal que avalia a legalidade ou não da antecipação da escolha do presidente do Legislativo no Tocantins, para o segundo biênio da Legislatura. 

Dois dias depois de convocar uma reunião da Mesa e admitir a anulação da votação que elegeu Severo Eulálio (MDB) para o biênio 2025/2026, mesmo sem que o caso do Piauí esteja em análise pela Corte, o presidente da Assembleia Legislativa diz agora que é preciso aguardar.

Franzé recua e garante cumprir acordo com o MDB. Foto: Thiago Amaral/AsCom Alepi

“A situação do Tocantins precisa ser revista lá no Tocantins. Nós vamos ter uma situação de julgamento agora no Pleno. Inclusive pode se desfazer o que foi decidido monocraticamente pelo ministro Dias Toffoli. Havendo uma jurisprudência, a Casa vai se reunir e encontrar o melhor caminho”, diz Franzé.

EMEDEBISTAS ATENTOS

O maior desconforto provocado pela fala de Franzé no início da semana foi, claro, com o MDB. Ontem, Severo reagiu e defendeu a manutenção do acordo dos partidos da base de Rafael Fonteles (PT), para que o MDB continue com a presidência no segundo biênio, mesmo que haja uma nova votação. 

Hoje, Franzé deixou claro que pretende cumprir esse acordo. “O que não pode acontecer é desfazer um acordo que já foi firmado por essa Casa. O PT ter os dois primeiros biênios e o MDB conduzir os dois últimos biênios desta legislatura. Em relação a isso, não existe nenhum desconforto”, garante.

MOVIMENTO ERRADO

A avaliação de boa parte dos deputados ouvidos pela coluna é de que, ao cogitar nova eleição, sem que sequer o caso do Piauí estivesse em análise na Corte Suprema, Franzé acabou gerando desgaste desnecessário com os colegas. Problema que implicaria o próprio governador Rafael Fonteles (PT), que foi avalista do acordo lá em fevereiro, quando decidiu-se que os dois maiores partidos da base aliada “dividiram” o comando da Alepi nos quatro anos da Legislatura.



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