Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Exclusivo Senador do Piauí assume vaga titular na CPMI dos atos do dia 8 de janeiro

Castro diz que indicação foi surpresa. Comissão começou com bate-boca nos primeiros minutos, acusação de tentativa de golpe e “aerolook”

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Por Rany Veloso

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) foi indicado pelo líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, para compor como titular da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos criminosos do dia 8 de janeiro. O parlamentar piauiense que está debruçado sobre o novo Código Eleitoral do país, do qual é relator, terá que se dedicar também aos trabalhos da Comissão, que foi instalada nesta quinta-feira (25) sob bate-bocas e acusações.

"Estou super, super atarefado. Para mim, de certa forma foi uma surpresa, mas o líder Eduardo Braga fez questão que eu participasse", considerou.

Castro ressaltou que a CPMI tem que principalmente desvendar quem foram os os financiadores da tentativa de golpe. "Vamos investigar a fundo". 

Além de Castro, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego, também foi escalado como titular. Os suplentes são Fernando Dueire (MDB-PE) e Giordano (MDB-SP). Eduardo Braga estava cotado para ser o relator da Comissão, mas após reunião de parlamentares da CPMI com o presidente Lula as coisas mudaram. Renan Calheiros (MDB-AL), que também estava cotado como titular, não prosseguiu nas negociações.

ABERTURA DA CPMI TEVE BATE-BOCA E ACUSAÇÕES

Na primeira reunião, teve bate-boca ainda nos primeiros cinco minutos, entre o presidente temporário, o senador Otto Alencar (PSD-BA), e Marcos do Val (Podemos-ES). Do Val quis interromper uma fala e Otto disse que ele não estava na Polícia e sim no Senado. "Vossa excelência, tá sendo antiético, interrompendo seu colega. Olhe, eu sei da sua procedência da Polícia, mas aqui é Senado, não é delegacia de Polícia não! Vossa excelência se mantenha calado. Aqui não é delegacia não!".

O presidente eleito Arthur Maia (UB-BA) falou que o possível golpe para interromper a democracia precisa ser investigado assim como supostas "facilitações" e tudo em "praça pública".

A relatora designada, Eliziane Gama (PSD-MA), deu o tom do relatório e afirmou que houve uma tentativa de golpe.

O segundo vice-presidente da CPMI, o senador Magno Malta (PL-ES), rebateu. "Se houve tentativa de golpe era para irmã Hilda assumir [a presidência da República[. Irmã Hilda era aquela moreninha que ficava orando com uma bíblia em frente ao QG".

GOVERNO NÃO QUER PERDER TEMPO COM CPMI

O objetivo do governo, segundo o deputado federal Zeca Dirceu, líder da Federação PT, PCdoB e PV, é que a CPMI não se alongue para não atrapalhar as pautas do governo no Congresso. Mas um outro ponto de dificuldade do governo é exatamente a articulação politica com os parlamentares. Segundo os ouvidos pela coluna, os compromissos, como cargos e emendas, não estão sendo cumpridos.



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