Anvisa diz que vai monitorar vacinados com lotes suspensos da CoronaVac

Presidente-diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres afirma que a suspensão deve ser encarada com tranquilidade e serenidade

Antônio Barra Torres | Divulgação
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O presidente-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse que a suspensão da distribuição e da aplicação de pelo menos 25 lotes da vacina CoronaVac deve ser encarada com tranquilidade e serenidade.

A agência anunciou nesta sexta que mais de 12 milhões de doses da vacina passaram por processos de produção em uma fábrica na China que não foi inspecionada pela Anvisa e, por isso, terão o uso suspenso no Brasil. Outros 9 milhões de doses desses lotes estão em tramitação de envio e podem chegar ao Brasil em breve.

De acordo com Barra Torres, por enquanto, os estados e municípios não devem usar as vacinas desses lotes. Além disso, quem recebeu doses que foram alvo da suspensão deverá ser acompanhado pelas autoridades de saúde, disse o diretor da Anvisa.

"A primeira providência é não usar. Aquelas [doses] que eventualmente já tenham sido utilizadas, as pessoas que já tenham sido vacinadas, essas pessoas serão monitoradas", disse Barra Torres em entrevista à GloboNews.

O diretor da Anvisa afirmou que, além do monitoramento feito pelo Ministério da Saúde, haverá um acompanhamento por parte da própria agência para as pessoas vacinadas com doses interditadas.

"Existe a monitorização feita pelo próprio Ministério da Saúde, existe a monitorização feita pela Anvisa, e pelas vigilâncias locais. Então são pessoas que serão observadas e, obviamente, qualquer necessidade de ajuste vacinal para o futuro, ele será feito", disse Barra Torres.

A suspensão das doses produzidas na fábrica não certificada tem o prazo de 90 dias. Durante esse período, a Anvisa vai trabalhar na avaliação das condições de boas práticas de fabricação da unidade não inspecionada para saber se a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina estão comprometidas, e qual o impacto para a população vacinada com essas doses.

Presidente-diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres Foto: Agência Brasil  

"Não cabia outra decisão a não ser promover a interdição cautelar. Interdição cautelar é preventiva de qualquer eventual problema. Nesse meio tempo, uma vez instalada a interdição, prosseguem as tratativas, os diálogos com o instituto para que os documentos necessários sejam apresentados", disse Barra Torres.

Em nota, o Instituto Butantan disse que "a medida da Anvisa não deve causar alarmismo", declarou que foi o próprio instituto que alertou a Anvisa por "extrema precaução" e que "convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac" na China.

"Todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan", disse o instituto em nota.

O Instituto disse ainda que encaminhou à Anvisa, há 15 dias, a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas as doses agora banidas.




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