Coronavírus: Curva de contaminação no Brasil se aproxima da Itália

A pesquisa mostra que os Estados Unidos tiveram uma curva de óbitos mais acelerada

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Trabalho conduzido pelo pesquisador Leonardo Alves de Souza traça um comparativo da pandemia da Covid-19 no Brasil, Itália e Estados Unidos, fazendo um paralelo dia a dia da evolução de casos, desde que o primeiro paciente com a doença foi confirmado.

Os gráficos mostram que a evolução no Brasil se deu de forma mais lenta nos primeiros 40 dias, mas vem se acentuando com o passar das semanas, atingindo no 75º dia da pandemia a marca de 155.939 contaminados e 10.627 mortes. Na mesma fase da pandemia, a Itália contava com 203.591 confirmações e 27.682 mortes; já no Estados Unidos eram mais de um milhão de infectados e 61,6 mil óbitos.

O paralelo traçado entre os países aponta que os índices do Brasil estão mais próximos aos da Itália no período, no entanto, naquele momento o país europeu já estava em lockdown e via os índices de novas contaminações caindo, ou seja, já estava passando pelo pico da doença.

“É possível ver o comportamento das curvas dos países desde os primeiros casos registrados até o dia 09 de maio de 2020. Ressalta-se que os primeiros casos na Itália e nos EUA foram dia 15 de fevereiro de 2020, enquanto, no Brasil, o primeiro caso foi registrado dia 25 de fevereiro de 2020”, aponta o pesquisador Leonardo Alves de Souza.

A pesquisa mostra que os Estados Unidos tiveram uma curva de óbitos mais acelerada, enquanto Brasil e Itália sobem de forma mais proporcional e não observaram uma queda rápida nos índices.

“O percentual de óbitos em relação ao número de casos confirmados é um dado importante a ser analisado. Sendo assim pode-se fazer essa análise, e percebe-se que nos EUA, após o décimo oitavo dia, que teve um pico, o percentual começou a decrescer. Isso se dá pelo fato do número de casos ter aumentado exponencialmente, e o número de óbitos não seguiu na mesma proporção. No Brasil e na Itália esses números sobem de forma mais proporcional”, aponta o pesquisador.

A situação no Brasil piorou na última semana, com o recorde em óbitos: 730, sendo reportada. Ainda não se sabe quando o país atingirá o pico. A ascensão forte da doença preocupa o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

“Creio que à medida que formos aumentando a capacidade de exames, teremos uma quantidade de municípios maior (com casos confirmados). Dia 06 de abril tínhamos 30 pessoas internadas em UTI, saímos para 98. À medida que temos uma taxa de contaminação muito elevada, é algo muito forte. Tínhamos próximo de 4 mil contaminados há uma semana atrás e agora temos mais de 17 mil”, afirmou em coletiva na segunda-feira, 11 de maio.

AFP



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