Dados do Conselho Internacional de Enfermagem (ICN) mostram que um terço dos enfermeiros, técnicos e auxiliares que morreram em decorrência de complicações da Covid-19 estava trabalhando no Brasil. No Piauí, segundo dados do Conselho Regional de Farmácia (COREN-PI), desde o início da pandemia, 29 profissionais já perderam a vida por conta da doença e aproximadamente 900 profissionais destas áreas já foram infectados pelo novo coronavírus.
O último óbito aconteceu na quarta-feira (12). O técnico de enfermagem Mateus Ribeiro da Silva, que atuava no município de São João do Piauí, não resistiu após ser infectado pela Covid-19 e veio a óbito.
A situação é preocupante e chama a atenção para a necessidade de os profissionais continuarem mantendo os cuidados, mesmo após a imunização. “Houve uma diminuição no número de contaminações e óbitos após a vacina, mas as mortes continuam acontecendo e hoje, mesmo com a imunização, os profissionais não se sentem seguros”, disse o conselheiro do Coren, Wendel Marcos Alves.
Diante disso, o alerta é para que os profissionais continuem com todos os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo vírus. “É necessário sempre se proteger e respeitar as medidas sanitárias. O uso de máscaras e a higienização das mãos nunca foram tão importantes”, finalizou Wendel.
Situação no Brasil
Segundo o ICN, que analisou a situação da pandemia em 60 países, 3 mil profissionais morreram por conta de complicações da Covid-19, em um ano de pandemia no mundo.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) mostram que 702 enfermeiros, enfermeiras, auxiliares e técnicos e técnicas de enfermagem morreram no Brasil, em 365 dias de pandemia.
Só entre janeiro e março deste ano, morreram 234 profissionais de enfermagem. Esse número representa metade dos 468 óbitos em todo ano de 2020 no Brasil.
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