Covid: China considera misturar vacinas para aumentar eficácia

Pesquisadores britânicos estão estudando uma possível combinação da Pfizer-BioNTech com a vacina Oxford/AstraZeneca.

Covid: China considera misturar vacinas para aumentar eficácia | Reprodução
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O diretor dos Centros de Controle de Doenças da China, Gao Fu, disse neste sábado (10) que o governo de seu país está considerando misturar as vacinas ali produzidas para torná-las mais efetivas.  A fala de Gao numa conferência na cidade de Chengdu incluiu uma rara admissão de que as vacinas chinesas "não têm taxas de proteção muito altas".

“Agora está sob consideração formal se devemos usar vacinas diferentes de linhas técnicas diferentes para o processo de imunização”, acrescentou. 

Especialistas dizem que a mistura de vacinas, ou imunização sequencial, pode aumentar a eficácia. Pesquisadores britânicos, por exemplo, estão estudando uma possível combinação da Pfizer-BioNTech , que usa mRNA (ou RNA mensageiro), com a vacina Oxford/AstraZeneca, de tecnologia mais tradicional. 

Vacinação CoronaVac sendo aplicada em Macapá — Foto: PMM/Divulgação 

Gao não deu detalhes sobre as eventuais mudanças na estratégia, mas citou a tecnologia de mRNA como uma possibilidade. “Todos deveriam considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade”, disse. “Devemos seguir com atenção e não ignorar só porque já temos vários tipos de vacinas.” 

Gao anteriormente havia questionado a segurança das vacinas de mRNA. Ele foi citado pela agência oficial de notícias Xinhua como tendo dito em dezembro que não poderia descartar seus efeitos colaterais negativos porque eles estavam sendo usados pela primeira vez em pessoas saudáveis.

A pandemia de coronavírus marca a primeira vez que a indústria farmacêutica chinesa desempenha um papel na resposta a uma emergência de saúde global.

China considera misturar vacinas para aumentar eficácia - Foto: Reprodução

Vacinas feitas por duas farmacêuticas estatais, Sinovac e Sinopharm, foram exportadas para 22 países, incluindo Brasil, México, Turquia, Indonésia, Hungria, e Turquia, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores chinês. O Brasil adquiriu a CoronaVac, da Sinovac, produzida atualmente pelo Instituto Butantan.

A eficácia da vacina CoronaVac na prevenção de infecções sintomáticas chegou a ser avaliada em 50,4% por pesquisadores, perto do limite de 50% que os especialistas em saúde estabeleceram para considerar que uma vacina tem utilidade. Em comparação, a vacina Pfizer-BioNTech apresentou eficácia de 97%.

Um porta-voz da Sinovac, Liu Peicheng, reconheceu que vários níveis de eficácia foram encontrados, mas disse que isso pode ser devido à idade das pessoas em estudo, à cepa do vírus e outros fatores.

A China distribuiu centenas de milhões de doses no exterior de suas vacinas de vírus inativado enquanto levantava dúvidas sobre a eficácia do imunizante da Pfizer/BioNTech, feita usando o processo de mRNA, que era considerado experimental. Com esse tipo de tecnologia, a vacina leva para o nosso organismo uma cópia apenas de parte do código genético do vírus (veja gráfico abaixo).



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