Estudo indica que combinar CoronaVac e AstraZeneca produz mais anticorpos

A inoculação da CoronaVac junto com a AstraZeneca, produz quase quatro vezes mais anticorpos neutralizantes.

vacina | Cristine Rochol/PMPA/Divulgação
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Um estudo recente que analisa as vacinas mostrou que o uso da Coronavac com a AstraZeneca produz mais anticorpos neutralizantes, ou seja, apresenta um maior indicativo de que combinando os dois imunizantes de diferentes plataformas, pode ser mais positiva para quem é vacinado.

A análise traz a informação de que a inoculação da CoronaVac, da farmacêutica Sinovac, junto com a AstraZeneca, produz quase quatro vezes mais anticorpos neutralizantes do que comparado ao esquema que é feito atualmente com duas doses da CoronaVac e pouco mais de três vezes mais do que duas doses da AstraZeneca. 

Combinação de Coronavac com AstraZeneca produz quase quatro vezes mais anticorpos - Foto: Cristine Rochol

Combinação de vacinas

Os especialistas que verificaram o estudo com as duas doses e não inserindo nenhuma dose de reforço, afirmam que os resultados são importantes e positivos, mas fazem o alerta de que se trata de um estudo sobre fazer ou não esse processo de combinação das vacinas. 

"O trabalho mostra a produção dos anticorpos neutralizantes contra a proteína spike, mas isso não é sinônimo de que a pessoa estará protegida. Porque ainda não conhecemos o chamado correlato de proteção (volume necessário de anticorpos para estar imunizado contra a doença)", explica Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

A análise — ainda não revisada por outros especialistas — foi realizada por pesquisadores do Centro de Excelência em Virologia da Universidade de Chulalongkorn, na Tailândia. O país é um dos que adotam o uso do imunizante produzido pela Sinovac, assim como Brasil, Chile e Turquia.

Vacinas em uso no Brasil

Essa análise, em especial, toca em um ponto importante para o país. Juntas, CoronaVac e AstraZeneca correspondem a 79,5% dos imunizantes aplicados no Brasil. E ambas têm processo de transferência de tecnologia (que consiste em repassar o segredo de fabricação a outro país) previstos. A primeira para o Butantan e a segunda para a Fiocruz — que já iniciou a fabricação da matéria-prima. O infectologista e diretor médico do grupo Fleury, Celso Granato, classifica o estudo tailandês como “muito útil” por apresentar uma situação que remete à imunização brasileira e suas principais vacinas.



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