Israel inicia vacinação e presidente incentiva cidadãos a participar

Reuven Rivlin, de 81 anos, foi um dos imunizados. Expectativa é vacinar 60 mil pessoas por dia, com 2 milhões imunizadas até o fim de janeiro.

vacina | reprodução
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Israel começou a vacinar parte de sua população neste domingo (20) contra a Covid-19. Os primeiros na fila serão profissionais de saúde – seguidos pelos idosos, pacientes com alto risco e aqueles com mais de 60 anos. A meta é vacinar 60 mil pessoas por dia, com 2 milhões imunizadas até o fim de janeiro.

O presidente israelense, Reuven Rivlin, de 81 anos, foi um dos vacinados. Em uma publicação na rede social Twitter, ele pediu aos cidadãos do país que fossem tomar a vacina.

Presidente israelense de 81 anos foi um dos vacinados - Foto: Reprodução/Twitter

"Quando você vai se vacinar, não está cuidando apenas da sua saúde, mas também das pessoas ao seu redor. Você também estará ajudando todos a voltarem à vida normal. Você estará ajudando a economia a reiniciar e a tirar um pouco da enorme pressão sobre nossas equipes médicas", escreveu Rivlin.

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, já havia sido imunizado no sábado (19), a primeira pessoa a ser vacinada no país. No sistema político israelense, o poder executivo é do primeiro-ministro, e não do presidente.

Israel tem um acordo com a Pfizer para garantir 8 milhões de doses da vacina da empresa. O número é suficiente para cobrir quase metade da população israelense, de 9 milhões de pessoas.

No início de dezembro, o país também fechou acordo com a Moderna para 6 milhões de doses – o suficiente para outros 3 milhões de israelenses.

Ambas as vacinas são aplicadas em duas doses, e usam a tecnologia de RNA (veja vídeo abaixo). Os dois imunizantes também já foram aprovados nos Estados Unidos.

Relutância

As pesquisas de opinião pública no país mostram que muitos israelenses estão relutantes em receber as vacinas agora.

Para tentar resolver o problema, o governo acena com um "passaporte verde", que liberaria os vacinados da quarentena e daria autorização para que frequentem restaurantes, cinemas e eventos públicos sem restrições. O salvo-conduto dispensaria também a obrigatoriedade de testes antes e depois de viagens.

Por outro lado, a mídia israelense noticiou que a campanha de vacinação teve um início turbulento, com os planos de saúde do país inundados com telefonemas solicitando a vacina, disse a Associated Press.

Com a tendência de aumento do número de infecções diárias e, atualmente, quase 3 mil novos casos por dia, líderes israelenses estão novamente debatendo se devem impor um terceiro bloqueio nacional desde o início da pandemia.

Muitas restrições permanecem em vigor desde o segundo bloqueio no país, em setembro, com a maioria dos hotéis ainda fechados e restaurantes abertos apenas para entrega e retirada.

Israel teve resultados mistos em sua luta contra o vírus. Netanyahu foi elogiado no início do ano por fechar as fronteiras e bloquear o país rapidamente – uma medida que abalou a economia, mas reduziu as taxas de infecção. Mas uma reabertura apressada e errática disparou os casos confirmados no final do verão – levando ao que, na época, foi um dos piores surtos do mundo.

O país tem mais de 370 mil casos confirmados e mais de 3 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia, segundo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins.



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