Médicos Sem Fronteiras adapta resposta à ameaça do coronavírus

Superlotação, falta de acesso a água e saneamento e infecções respiratórias são comuns no campo de Deir Hassan, na Síria

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O campo de Deir Hassan, na província de Idlib, na Síria, é apenas um dos diversos acampamentos onde vivem centenas de milhares de famílias deslocadas. Elas fugiram da ofensiva militar conduzida pelas forças do governo sírio e seus aliados russos entre dezembro e início de março. Este campo abriga mais de 164 mil pessoas em assentamentos espalhados pelas colinas e, como acontece na maior parte do noroeste da Síria, carece de serviços básicos e agora está ameaçado pela propagação do novo coronavírus na pandemia da Covid-19.

No dia 16 de março, depois de avaliar as necessidades no campo de Deir Hassan, Médicos Sem Fronteiras (MSF) distribuiu itens de primeira necessidade para 180 famílias nos assentamentos de Latamneh e Al Habeet, que incluíam tendas, tapetes, lonas plásticas, cobertores, utensílios de cozinha e kits de higiene. 

“Nós presenciamos pessoas vivendo ao relento. Vimos também duas ou três famílias dividindo uma mesma tenda e que não as protegia do frio ou da chuva. Havia poucas tendas para acomodar os recém-chegados”, explicou Ahmed, líder deste projeto de MSF.

No dia seguinte, a equipe de MSF distribuiu itens de primeira necessidade para 115 famílias em Abo Obeidah, outro assentamento em Deir Hassan.

"Graças a MSF, temos tendas", diz Manaf Shamma, uma mulher e mãe deslocada interna, que vive em Latamneh. "Este campo foi montado há oito meses, mas precisa de latrinas, saneamento e estradas adequadas."

No campo de Deir Hassan, as instalações de água e saneamento são insuficientes para um número tão alto de pessoas, o que aumenta o risco de proliferação de doenças transmitidas pela água. Até agora, infecções das vias respiratórias superiores têm sido a principal condição observada pelas equipes das clínicas móveis de MSF. Mas, agora, a pandemia de Covid-19 se tornou um enorme desafio em todo o mundo e também na Síria.

O governo sírio registrou o primeiro caso de Covid-19 na Síria no dia 23 de março. Embora nenhum caso tenha sido declarado na província de Idlib, a última fortaleza rebelde, a doença pode se espalhar rapidamente pela região, especialmente em campos de deslocados internos, onde as pessoas vivem em grandes assentamentos, em condições de superlotação e acesso limitado a saneamento.



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