Monitoramento encontra cópias do coronavírus em esgotos de Fortaleza

A ideia é saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente para controle da Covid-19

Esgoto pode indicar contaminação por Covid-19 | Agência Brasil
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Um monitoramento realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Fortaleza (CE), detectou a presença de cópias do coronavírus na rede de esgotos. A análise aponta que a concentração do vírus é intermediária, havendo entre 4 mil e 25 mil cópias do Sars-Cov-2 a cada litro analisado.

É o que informa o boletim da Rede Monitoramento Covid Esgotos, ao ter analisado 10 pontos do sistema da capital por 20 dias (de 6 a 26 de junho. Segundo a ANA, todos os pontos monitorados Obtiveram uma concentração viral intermediária. 

As informações foram coletadas por integrantes da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e da Universidade Federal do Ceará (UFC), parceiros da iniciativa.

Levantamento feito por semana em dez pontos, em Fortaleza | FOTO: Reprodução

Os pontos de monitoramento escolhidos em Fortaleza são:

  • Estação de Tratamento de Esgotos José Walter
  • Canal Pluvial Eduardo Girão
  • Estação Elevatória SD2 - Barra do Ceará
  • Estação Elevatória SD1 - Antônio Bezerra
  • Estação de Tratamento e Esgotos Conjunto Ceará
  • Estação Elevatória Reversora do Cocó (Hospital Unimed)
  • Estação Elevatória Praia do Futuro II
  • Estação Elevatória Pajeú (Hospital Leonardo da Vinci)
  • Poço de visita - Interceptor Leste

Esta é a primeira vez que esse estudo está sendo realizado em Fortaleza e passa a integrar o levantamento da ANA, que também acontece em outras capitais, como Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba. De acordo com a Agência, a abrangência dessa pesquisa considera o sistema de esgotamento compartilhado por mais de um milhão de pessoas.

Esgoto pode indicar percentual de contaminados pela Covid-19| José Cruz/ Agência Brasil

Coletas das amostras

As coletas das amostras de esgoto nos pontos definidos no estudo estão sendo realizadas por equipes de campo dos prestadores de serviços de saneamento parceiros do projeto e pelas equipes locais das universidades integrantes da Rede Covid Esgotos. No caso de Fortaleza, são a Universidade Federal do Ceará e a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece). No laboratório, as amostras são processadas em quatro etapas para a detecção do novo coronavírus.

Entenda a pesquisa

De acordo com a pesquisa da Rede Monitoramento Covid Esgotos, com base na carga viral medida em trilhões de cópias do novo coronavírus por dia, é possível estimar a população contaminada, que elimina o vírus pelas fezes e urina, sendo que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes.

A ideia é saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente do distanciamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência da Covid-19 de forma regionalizada, auxiliando assim a tomada de decisão pelos gestores públicos.

As concentrações se dividem em alta (acima de 25 mil cópias de coronavírus por litro); intermediária (entre 4 mil e 25 mil); e baixa (abaixo de 4 mil). A ideia do levantamento é que os dados sejam cruzados com os do sistema de saúde a fim de dar subsídios para autoridades locais nas decisões de enfrentamento à Covid-19.

Com informações do G1



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