Mortes por Covid-19 entre jovens de 20 a 29 anos cresce 1.081%

Levantamento da Fundação Fiocruz mostra o reflexo do descaso com medidas de isolamento social

Covid-19 está matando os mais jovens. | Agência Brasil
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Segundo o último balanço divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pandemia do novo coronavírus está mudando a mortalidade das faixas etárias. Os mais jovens agora estão na mira da doença. Entre as semanas do dia 3 a 9 de janeiro até 4 a 10 de abril, o número de mortes de jovens em decorrência de complicações da Covid-19 cresceu em 1.081,82%. A faixa etária de 20 a 29 anos tem sido a mais afetada, segundo o relatório.

Vale ressaltar que nenhuma outra faixa etária registrou um aumento tão significativo nos óbitos como a de jovens. O grupo de 40 a 49 anos cresceu a mortalidade em 933,33%, enquanto que de 50 a 59 anos foi de 845,21% de acréscimo. De 30 a 39 anos registrou aumento de 818,60%. A menor alta entre janeiro e abril, impulsionada pela aplicação das doses da vacina, foram os infectados de 60 a 69 anos, com 571,52%.

Pulmões comprometidos: uma das maiores complicações da doença. Crédito: Agência Brasil.

Os jovens continuam frequentando festas clandestinas, fator que tem aumentado o número de infecções entre o público que ainda deve demorar a ser vacinado. O resultado das aglomerações são refletidos nas lotações de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de ocupação de leitos no Estado é de 94%, entre terapia intensiva e clínicos.

Rejuvenescimento da pandemia

O relatório da Fiocruz aponta que "a tendência de rejuvenescimento da pandemia se mantém no Brasil, com a idade média de casos internados na SE 14 sendo de 57,68 anos, em comparação com a idade média de casos internados na SE 1, que era de 62,35 anos. Para óbito, os valores foram 71,56 anos (SE 1) e 64,62 anos (SE 14). Com relação à distribuição dos casos e óbitos por faixa etária, o aumento diferencial se manteve, com algumas faixas apresentando crescimento superior ao aumento global".

O documento também alerta que "o acometimento de casos graves, mesmo em populações mais jovens, mantém a pressão sobre serviços hospitalares, já sobrecarregados pela demanda de internação das semanas anteriores. Os recursos hospitalares, de insumos e de profissionais de saúde, se encontram em nível crítico, o que pode causar um aumento da desassistência de saúde, comprometendo, inclusive, o atendimento de outras doenças".

A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 4,8 mil piauienses, superando o número de óbitos de países como a China e a Austrália. Além disso, o Piauí tem mais mortes proporcionais que a Bolívia e o Equador, em comparativo com os países da América.



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