Saiba como as saunas gay estão funcionando durante a pandemia

O especialista explica que é possível fazer o uso de máscara nas saunas à vapor, desde que o filtro dela esteja funcionando corretamente.

gays em sauna | Reprodução
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As saunas gaysão um ponto de encontro muito frequentado e buscado para se ter experiências sexuais. As casas estão reabrindo pouco a pouco conforme as restrições sanitárias vão se abrandando; no entanto, os cuidados para quem for frequentar precisam ser redobrados.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam devido ao nome, as saunas gay possuem diversas configurações e não precisam levar o termo “sauna” ao pé da letra. A terapeuta sexual Aline Ambrosio afirma que essa é apenas uma das atrações disponíveis nesses espaços. Alguns deles são muitos similares a hotéis e possuem espaços com atrações diferentes.

“Há quartos de diversos níveis de conforto e privacidade e até corredores onde se pode fazer sexo casual sem contato visual e sem maior exposição física, exceto da região genital ou anal”, explica.

Outros espaços famosos nesse sentido são o Dark Room, uma sala completamente escura, e os Glory Holes, que são divisórias em que são expostos apenas os órgãos genitais. Algumas saunas gay também oferecem quartos habituais para quem quer uma experiência mais privada.

No entanto, o foco não é apenas em ambientes voltados especificamente ao sexo. “As saunas gay contém espaços para confraternizar e conversar, com bebida e música, espaços para dançar, cinema, espaço de massagem e outras terapias estéticas”, diz Aline. É proibido usar celulares na região interna. Os aparelhos devem ser guardados nos armários.

Funcionamento de saunas gay na pandemia

Armando Ferreira, 30, frequentou uma das saunas após a reabertura e diz ter percebido muitas mudanças. “O número de pessoas no local foi bem reduzido. Algumas vezes existia fila de espera e o uso de máscara é obrigatório nos andares”, explica. Ambrosio aponta que alguns estabelecimentos estão aderindo aos tapetes sanitizantes, higienização de ambientes e disponibilizando álcool em gel.

Ele explica que, em teoria, protocolos como medição de temperatura e o uso de máscara são realizados, mas salienta que nem todos os frequentadores seguem as medidas de segurança na prática. “Ao meu ver, corri um risco porque muitas pessoas andam sem máscara pelo local. Vai do cuidado individual de cada um, pois é um risco que sempre vai existir”.

Frequantadores de sauna deve ficar atentos aos perigos no local. (Foto: Reprodução)

Em relação ao ambiente das saunas a vapor, o risco de propagação é maior. “O vírus se espalha por gotículas e, em um ambiente cheio de gotículas, acaba-se perdendo mais o controle de saber onde elas estão. Esse tipo de ambiente pode aumentar o risco de transmissão da Covid-19”, explica o infectologista Antônio Ganme, coordenador da UTI e criador de um grupo de estudos sobre a Covid da Rede D’or.

O especialista explica que é possível fazer o uso de máscara nas saunas à vapor, desde que o filtro dela esteja funcionando corretamente. Além disso, a máscara usada neste ambiente precisa ser descartada após a saída da sauna à vapor, pois o filtro fica úmido e perde a validade.

Armando afirma que percebeu redução de pessoas no espaço da sauna inteira. Além disso, foi estipulada limitação de pessoas em espaços como piscinas, saunas secas e a vapor — em alguns estabelecimentos, esses espaços foram interditados devido ao alto risco de propagação da Covid-19.

Como posso me prevenir da Covid-19 em saunas gay?

Ganme afirma que a maior parte das contaminações ocorrem pela transição das mãos para o rosto, principalmente às regiões da boca e nariz. Por isso, é importante sempre fazer a higienização das mãos com água e sabão e álcool em gel 70%.

“Faça uso de máscara em qualquer ambiente que seja mais fechado ou não localizado em área externa, como um parque”, orienta. 

O infectologista orienta que mesmo pessoas completamente vacinadas contra a Covid-19 continuem seguindo os protocolos de segurança.

Manter uma distância segura das pessoas também é fundamental. “As pessoas precisam aprender a se tocar menos e tocar menos nas outras. O povo latino é muito íntimo e se aproxima demais. Aquela história de checar no pé do ouvido e cochichar, por exemplo, não pode. Isso aumenta a segurança em relação às transmissão da Covid-19”, informa.

Apesar da “tentação”, Ambrosio afirma que o melhor no momento pode ser evitar expor as vias respiratórias (ou seja, manter sempre a máscara e deixar o sexo oral e beijos para depois) e salienta a importância do preservativo, já que o novo coronavírus pode ser transmitido em secreções genitais e fezes. A terapeuta sexual diz que os frequentadores podem optar pelos Glory Holes porque permitem apenas a penetração sem muitos contatos físicos.



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