Sem matéria-prima da China, Butantan suspende envase da CoronaVac

Dimas Covas afirmou que o cronograma de entregas de vacinas ao Ministério da Saúde está mantido

Dimas Covas | Divulgação
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O Instituto Butantan suspendeu o envase de doses da vacina CoronaVac após atraso na chegada de matéria-prima vinda da China.

O diretor do instituto, Dimas Covas, negou anormalidade no processo de entrega da CoronaVac e afirmou que houve um atraso no despacho de um lote de insumos da vacina produzida na China. Segundo ele, o carregamento que estava previsto para esta quinta-feira (8) deve chegar na próxima semana.

Covas acrescentou também que o cronograma de entregas de vacinas ao Ministério da Saúde está mantido.

NOVAS REMESSAS

O instituto informou que negocia com o governo chinês para receber as novas remessas e que toda a matéria-prima da vacina recebida da China já foi envasada. Agora, aguardam mais insumos.

"A matéria prima está pronta para o embarque na China, houve um problema burocrático. Não há anormalidade. Não há retenção de vacina da China. Não há nenhum ruído de comunicação entre o Brasil e a China nem entre o Butantan e a Sinovac", afirmou Dimas Covas.

TODAS FORAM ENVASADAS

Em nota, o instituto informou que "todas as doses provenientes do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) recebido da China já foram envasadas. Neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade - parte integrante do processo produtivo - para serem entregues na semana que vem ao Programa Nacional de Imunizações. Desde janeiro o Butantan já entregou 38,2 milhões de doses da vacina ao país".

"Com uma nova remessa de IFA, prevista para a próxima semana, será possível integralizar todas as 46 milhões de doses referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde até o dia 30 de abril", diz nota do instituto.

ADIANTAMENTO EM MARÇO

Segundo ele, houve um adiantamento da entrega de março e, neste momento, não vai ser possível fazer o mesmo para a entrega de abril: "Não vamos conseguir neste momento fazer o adiantamento, porque precisaria de mais IFA. Só vamos conseguir a partir de maio".

O processo de envase, segundo Dimas Covas, foi suspenso há dez dias, e o processo completo até a liberação das doses para o Ministério da Saúde dura cerca de 20 dias. Ainda de acordo com o diretor, existem cerca de 2,5 milhões de doses na fase de liberação nos próximos dias.

Sendo assim, como a previsão de entrega para abril é de cerca de 7,5 milhões de doses, isso excede em cerca de 5 milhões a quantidade de doses em processo de liberação. Caso o lote de IFA não seja entregue nos próximos dias, o cronograma de entregas pode ser afetado.

Diretor do instituto Butantan, Dimas Covas




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