Teresina sobe para a faixa amarela de transmissão da Covid-19

Entretanto, a transmissão da doença parece estar “perdendo força” - a não ser que a capacidade de testagem e de notificação tenha atingido o seu “teto”

Teresina sobe para a faixa amarela de transmissão da Covid-19 | Ascom
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A 26ª semana epidemiológica (SE) de 2022 (26 de junho a 02 de julho) foi marcada pelo registro de um elevado número de notificações de Covid-19 (2.357 casos confirmados). Trata-se do maior número registrado nas últimas dezenove semanas, correspondente a 58% do número máximo registrado no pico da onda anterior da doença, no final de fevereiro de 2022. Entretanto, a transmissão da doença parece estar “perdendo força” - a não ser que a capacidade de testagem e de notificação tenha atingido o seu “teto”.

Após atingir um valor exorbitante de 4.49, o número efetivo de reprodução da Covid-19 em Teresina situou-se em 1.14 ao final da 26ª SE. Sob outro ângulo, observa-se que o aumento semanal de casos confirmados chegou a aproximadamente 260% há quatro semanas, mas, entre a 25ª e a 26ª SE, o incremento percentual semanal correspondeu a 9%. 

Ainda que se considere um valor pelo menos 17% maior do número de casos confirmados na semana em decorrência de resultados positivos ao auto teste e não notificados, Teresina está no nível médio de transmissão (faixa amarela) da Covid-19. 

Teresina sobe para a faixa amarela de transmissão da Covid-19 - Foto: Reprodução

Para o nível médio de transmissão (faixa amarela), a agência internacional para controle e prevenção de doenças recomenda medidas preventivas contidas no Decreto Municipal 22.569, de 13 de junho de 2022, que determina a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção em locais públicos e privados que prestem serviços na área de saúde, recomenda sua utilização nos ambientes de grande aglomeração de pessoas, abertos ou fechados, e nos locais onde se tenha detectado qualquer pessoa infectada a partir de 1/500, e dá outras providências.

O COE-FMS reforça que, para atingirmos níveis mais baixos ainda de mortes e hospitalizações em relação ao número de casos, a vacinação é medida fundamental, tanto em seu esquema primário (para aqueles ainda não imunizados) quanto nas doses de reforço (para aqueles com última dose administrada há mais de 4 meses e com idade / perfil de risco já contemplados. 

Embora sob ordem de grandeza bem inferior à magnitude de aumento de casos correspondentes (precedentes), o impacto da Covid-19 sobre internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) e sobre os óbitos pela doença tornou-se mais evidente na 26ª SE. As hospitalizações sofreram aumento de 41% em relação à semana precedente e a média-móvel dos óbitos subiu de 1.7 para 2.7 mortes por semana. Por conta do intervalo mediano para agravamento e morte após a confirmação de caso e do caráter cumulativo das hospitalizações decorrente da permanência média prolongada no hospital / em UTI, a expectativa é que as internações e mortes ainda sofram incremento nas semanas subsequentes – embora sob proporção bem menor que o número de casos, por conta do efeito protetor da imunização sobre agravamento / óbito.

A demanda está baixa por testes RT-PCR em comparação com períodos críticos anteriores, na 26ª SE a taxa de positividade aumentou de 13% para 22%. O maior valor registrado em 2022 foi de 52% de positividade, no mês de fevereiro. A Organização Mundial de Saúde considera que a pandemia de COVID-19 está sob controle em uma região quando menos de 5% dos testes resultam positivos. Os valores pontuais de positividade dos testes rápidos de antígeno nas UBSs de Teresina foram ainda maiores.

Atualmente, são encaminhadas para RT-PCR essencialmente amostras de pacientes com quadros mais graves (UPAs, emergências, hospitais) ou fatores de risco para agravamento.



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