Unimed: Visitas virtuais aliviam dores de pacientes com coronavírus

Esse projeto iniciou logo após a medida de suspensão das visitas presenciais

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O isolamento social se tornou a medida mais eficaz para ajudar a frear os índices de contágio pelo novo Coronavírus (COVID-19). Para as pessoas infectadas pelo novo Coronavírus (COVID-19), que desenvolveram a forma mais grave da doença e precisaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a solidão e a saudade têm tornado esse momento ainda mais difícil. Isso acontece por que os hospitais adotaram protocolos rígidos que proíbem visitas para pacientes com COVID-19. No entanto, a fim de aliviar a dor e minimizar a sensação de solidão, o Hospital da Unimed Primavera (HUP), disponibiliza aos seus pacientes internados a Visita Virtual.

Esse projeto iniciou logo após a medida de suspensão das visitas presenciais e tem contribuído bastante para aliviar a tensão e a ansiedade geradas pela internação e agravadas pelo isolamento. O médico intensivista do HUP, Dr. Avelar Alves, explicou que esse tipo de comunicação que envolve médico, paciente e família já foi validado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Hospital os resultados tem sido bastante satisfatórios.

“No HUP temos uma equipe multiprofissional que identifica o paciente que tem condições clínicas de participar de uma visita virtual, e após combinar com a família proporcionamos esse encontro por meio de chamada de vídeo. Isso tem deixado a família e o paciente bem mais tranquilos, pois a imagem fala por si só. Além disso, estamos ajudando a aproximar mais as pessoas nesse momento de isolamento”, destacou o médico. 

A visita virtual é destinada para os pacientes que apresentam melhora clínica e que não estão intubados, nem sedados. O Hospital disponibiliza um tablet com acesso à internet, que possibilita o paciente ver, ouvir e conversar com seus familiares e amigos. A visita é acompanhada pelo médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social da UTI, na qual o paciente está internado.

“Após um contato prévio com o paciente e um familiar, se elege um cuidador que vai ser o responsável pelo contato. Fazendo esse acordo entre todos é feito uma ligação de dentro do ambiente hospitalar. Nesse momento, conseguimos ver o quanto é importante essa interação e o quanto pode contribuir para uma evolução satisfatória do quadro clínico do paciente”, comentou Avelar.

Internação em UTI: pacientes graves

O médico explicou ainda que as internações nas Unidades de Terapia Intensiva não é uma regra para os pacientes infectados com COVID-19. Esses pacientes que necessitam de UTI são os que desenvolvem a manifestação mais grave da doença: a insuficiência respiratória.

“O paciente que termina sendo transferido para uma UTI é aquele que tem dificuldade de respirar e que necessita aumentar muito a frequência respiratória. Ele quer respirar e não consegue. Esses pacientes precisam receber terapia com oxigênio. Em alguns casos é possível dar uma terapia com oxigênio por meio de cateter. Porém, a grande maioria dos casos mais graves precisa receber o que chamamos de ventilação mecânica”, explicou Avelar.

A ventilação mecânica é um procedimento invasivo e para realizá-lo é necessário que o paciente seja intubado. “Colocamos um tubo na traqueia do paciente para que seja dado o suporte de oxigênio necessário. Com isso, ganhamos tempo para que o organismo do paciente passe pela fase aguda, não haja outras disfunções e não tenhamos um desfecho desfavorável, que seria o óbito. Então, nesses pacientes graves essa passagem pela UTI é obrigatória, pois é a única maneira de conseguirmos resgatar esse paciente”, disse o médico. 

Atendimento humanizado

A enfermeira e supervisora das UTI´s do HUP, Rayssa Barbosa, contou que desde o início da pandemia havia uma preocupação da equipe de como manter o contato entre o paciente em isolamento e seus familiares. A suspensão das visitas poderia acabar aumentando a ansiedade das famílias por notícias de seus parentes internados. Daí surgiu a ideia de usar a tecnologia disponível para proporcionar esse encontro e manter todos seguros.

“Nossa intenção é tranquilizar a família em ver o seu parente acordado e o paciente em ficar sabendo que mesmo de longe está recebendo a atenção e o carinho dos parentes. É um momento de muita emoção para eles e para nós profissionais de saúde”, destacou.

De acordo com a psicóloga do HUP que acompanha as visitas, Renata Cardoso, a repercussão da visita virtual é imediata. “Após a visita o nível de ansiedade do paciente diminui muito. Ele se sente mais mobilizado a contribuir com o tratamento, que é longo e difícil. Além disso, ele consegue compreender melhor e aceitar o isolamento e a ter uma outra vivência do ambiente de UTI. Confiando e estreitando mais os laços de amizade com as equipes. Isso ajuda muito no processo de recuperação do paciente”, finalizou Renata. 



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