9 mitos sobre a relação entre Conoravírus e os pets

Especialista veterinária sugere redobrar os cuidados de higiene dos animais e evitar ida a petshops

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Com o avanço do novo Coronavírus (COVID-19) no Brasil e no mundo, a sociedade enfrenta restrições de convívio para reduzir a disseminação da contaminação. Em um País que possui mais de 139,3 milhões de animais de estimação, segundo censo do IBGE, essa mudança de comportamento também se reflete na relação com os pets.

Por isso, a Balance, está promovendo em suas redes sociais plantões de dúvidas para os consumidores com especialistas. Todas as terças-feiras,  o especialista em comportamento animal, Cleber Santos, traz dicas para reduzir o estresse do pet durante a quarentena e como aproveitar melhor o tempo em casa para gastar a energia do seu cachorro.

E para esclarecer as dúvidas mais recorrentes sobre a relação entre o novo coronavírus e os pets, a médica veterinária e analista de Pesquisa & Desenvolvimento da BRF, Mariane Ernandes, explica 9 principais mitos sobre o assunto. São eles:

1) O animal de estimação pode ser infectado pelo covid-19?

Não há evidências científicas de que animais de estimação possam ser infectados pelo SARS-Cov-2. A Associação Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais acompanha a evolução da doença e está atualizando constantemente esse cenário.

2) Meu cachorro pode transmitir a doença?

O animal não é um hospedeiro transmissor da doença. No entanto, caso o tutor esteja infectado com o coronavírus e esteja em contato com o pet (por exemplo, ao tossir e espirrar, pode espalhar partículas com o vírus). Dessa maneira, a pelagem do animal pode ser um contato de transmissão como qualquer outro tipo de superfície, pois caso outra pessoa toque a pelagem contaminada, não há garantia de que não haverá transmissão. A especialista reforça a importância dos cuidados de higiene para evitar o contágio, como lavar as mãos com água e sabão com maior frequência, fazer uso de álcool em gel e sempre que fizer carinho no pet evitar levar a mão ao rosto.

3) A vacina V10 impede que o animal possa ser um foco transmissor?

Os cães e gatos, assim como outros animais de estimação como aves e répteis, não são transmissores da doença. "A vacina V10 é contra um outro tipo de coronavírus que não tem nenhuma associação com o COVID-19, tipo de coronavírus que está associado ao atual surto de pandemia", afirma ela. O tipo de coronavírus que pode afetar os animais são os alfa-coronavírus, que geralmente infectam animais jovens: coronavírus canino, pode causar diarreia leve e o coronavírus felino, que causa peritonite infecciosa felina.

4) Posso continuar passeando fora de casa, como praças e parques?

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, passeios podem ser mantidos, desde que sejam curtos, em lugares abertos e longe de aglomerações. "Há muitos animais que precisam sair para fazer as necessidades na rua, nesse caso orientamos para que seja próximo de casa e que o pet não se esfregue em nenhuma superfície", destaca Mariane.

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5) Quais os principais cuidados de higiene que devo ter com o pet?

Sempre que sair com o animal, ao retornar para casa, higienize as patas do pet com água e sabão, álcool em gel ou lenço umedecido com álcool na composição. Também é importante sempre manter limpos os recipientes de água e ração, além dos brinquedos utilizados por eles, já que são compartilhados entre o animal e as pessoas que dividem o espaço. "As dicas de higiene valem tanto para cães como para gatos. Os gatos, apesar da pouca frequência em sair de casa e a pequena interação com humanos durante as saídas, é necessário o mesmo controle de higiene", ressalta a médica.

6) Preciso mudar a alimentação do meu cachorro nos dias de quarentena?

Segundo a especialista, a alimentação varia de animal para animal, pois precisa considerar o porte e o nível de atividade do pet. "Se o cão é muito ativo, costumava gastar muita energia e continuar comendo a mesma quantidade sem gastar, ele irá ganhar peso", destaca ela. Outro fator é que com a quarentena, mais pessoas estão em casa oferecendo petiscos e comidas fora de hora ao animal, o que acarreta em calorias extras.

7) Como controlar o estresse do animal, principalmente em espaços menores como apartamentos?

É de extrema importância que haja bastante interação com o pet neste período, em que haverá mais pessoas em casa e ele terá menos tempo fora de casa, como passeios ao ar livre. Brinquedos novos podem ajudar, assim como aqueles mais criativos, que levam a ração em seu interior. "É essencial manter a mente do animal ativa nesse período", afirma Mariane. A Balance, por exemplo, em seu site oficial apresenta diversos truques indicados pelo especialista em comportamento animal, Cleber Santos.

8) Posso continuar levando meu pet para banho e tosa no pet shop? Quais cuidados devemos ter?

A orientação é que leve o animal até o petshop em caso de necessidade, se realmente não é possível fazer o banho e tosa em casa. Caso opte por levar, o indicado é ir apenas uma pessoa para evitar o contato social. O mesmo vale para clínicas: o atendimento segue normalizado, mas a orientação é tomar todas as medidas de higiene.

9) Posso abraçar e beijar meu animal de estimação?

Para pessoas saudáveis, não há qualquer tipo de restrição, ou seja, elas podem continuar com os mesmos hábitos e interações com seus animais. A recomendação para evitar o contato com os pets é apenas para pessoas com coronavírus.

A especialista indica que o momento pede cuidado redobrado com os pets dentro e fora de casa e ressalta a importância das pessoas buscarem informação. "É importante esclarecer os principais mitos sobre o assunto pois não há qualquer evidência que indique que o pet possa contrair a doença e que seja um hospedeiro transmissor do covid-19", conclui Mariane.



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