Chocolate combate ansiedade e depressão e promove bem-estar

Ricos em flavonoides e nutrientes, produtos com ­mais de 70% de cacau propiciam sensação de acolhimento e de prazer, fortalecem imunidade e estimulam raciocínio e saúde mental

O chocolate ao leite contém cerca de 25% de cacau | reprodução internet
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A incerteza e o medo causados pelo novo coronavírus têm afetado diretamente os carrinhos de compras e os hábitos das pessoas, que passaram a consumir mais comfort food em busca de um alento. Um dos produtos mais consumidos é o chocolate, que, se escolhido da forma correta, com alto teor de cacau, é um poderoso aliado nesse momento de pandemia, por aliviar a ansiedade, prevenir a depressão, promover bom humor e bem-estar e ajudar na concentração e no raciocínio.

Não são todos os chocolates com efeitos positivos à saúde, mas, sim, os com alta porcentagem de cacau na composição, que têm mais propriedades. "A semente de cacau é o alimento com maior índice de flavonoides, substâncias antioxidantes que atuam na prevenção de câncer e de doenças cardíacas. Quanto mais amargo, maior a concentração de flavonoides e os benefícios associados", aponta Raimundo Mororó, pesquisador de chocolates.

O chocolate ao leite contém cerca de 25% de cacau; o meio amargo 41% e os de teor elevado têm até 99% do ingrediente, enquanto o branco é feito somente com a manteiga de cacau. O ideal, segundo a nutróloga e endocrinologista Sandra Gordilho, é o a partir de 70% de cacau. "Quanto mais escuro mais dá a sensação bem-estar, influencia no humor, protege as células nervosas e retarda o envelhecimento", observa a médica.

Quem trabalha de casa e precisa se concentrar, quer ativar a mente ou carece de uma injeção de ânimo, comer um pedacinho já é um doce estímulo. O poderoso hormônio da felicidade - a serotonina - é um dos neurotransmissores produzidos, que atenua os sintomas da ansiedade inerente à imprevisão do fim da pandemia. Não por acaso, o cacau reduz o risco de depressão em 70%, segundo estudos da University College London (UCL). A dopamina liberada, por sua vez, é ligada à sensação de recompensa e prazer, atuando como um conforto em tempos de isolamento social.

Magnésio, ferro, zinco, vitamina B12 e outros nutrientes essenciais do chocolate fortalecem o sistema imunológico e ajudam a encarar esse período de quarentena. Isso não significa que está liberado o consumo indiscriminado do alimento. Moderação é a palavra chave. "Qualquer exagero causa desequilíbrio no organismo, podendo interferir no nível de colesterol e de açúcar e levar à obesidade, diabetes, infarto, doença cardíaca ou AVC", ressalta a nutróloga. A recomendação é o consumo de 25 a 50 gramas por dia.

Reprodução internet

Pandemia aumenta consumo de comfort food

O isolamento social, a inquietação e a mudança drástica na rotina fizeram aumentar o consumo das comfort food nos países fortemente atingidos pela Covid-19. "Normalmente, em momentos estressantes as pessoas recorrem aos alimentos que remetem à sensação de conforto da infância, ao acolhimento. É importante escolher os que trazem alento e que estejam aliados a princípios ativos, a benefícios à saúde", observa a nutróloga Sandra.

Na Itália, primeiro epicentro do surto na Europa, a venda de doces e pipocas quase dobrou em abril, em comparação com o mesmo período do ano passado (com acréscimo de 72,5% e 89,8% respectivamente), e chips tiveram procura 31,3% maior em relação ao mês anterior. Já nos Estados, pipoca teve um incremento de quase 48%, pretzels de 47% e chips de 30% em meados de março em relação à mesma semana de 2019 - de acordo com levantamentos da empresa de pesquisa de mercado Nielsen, da agência de monitoramento IRI e do Ismea (Instituto de Serviços para o Mercado Agrícola Alimentar).

Devido às medidas de contenção do novo coronavírus, muitos consumidores passaram a fazer as compras online. No Brasil, o e-commerce cresceu 18,5% no começo de abril, segundo a consultoria Ebit/Nielsen.



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