Cientistas preveem que furacão de matéria escura colidirá na Terra

Tal fenômeno não deve causar nenhum problema.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Em artigo publicado na revista Physical Review, uma equipe de astrônomos sugerem que é muito provável que um “furacão de matéria escuracolida com a Terra à medida que passa pela Via Láctea.

Tal fenômeno não deve causar nenhum problema, pelo contrário: pode fornecer nossa melhor chance de detecção de uma misteriosa partícula chamada áxion.

Áxions

A evidência da existência da matéria escura é muito forte, mas os cientistas até hoje não foram capazes de detectá-la.

Não sabemos ao certo o que a compõe, mas há um número de candidatos possíveis, incluindo partículas massivas de interação fraca (WIMPs), partículas massivas que interagem gravitacionalmente (GIMPs) e áxions, que são partículas elementares hipotéticas.

Agora, temos uma chance de detectar tais áxions: através do fluxo S1, uma coleção de estrelas se movendo de uma forma que sugere que já fizeram parte de uma galáxia anã consumida pela Via Láctea.

Fluxo estelar e matéria escura

A equipe de pesquisadores da Universidade de Zaragoza (Espanha), do King’s College London (Reino Unido) e do Instituto de Astronomia do Reino Unido está estudando o fluxo S1, descoberto no ano passado por outro grupo que analisava dados do satélite Gaia.

Fluxos semelhantes foram observados antes, mas este é o primeiro a cruzar caminho com nosso próprio sistema solar. Além disso, oferece uma oportunidade única para estudar a matéria escura.

Enquanto o S1 se move a aproximadamente 500 km/s pela nossa área, é provável que matéria escura esteja se movendo junto.

Os cientistas criaram vários modelos para a distribuição da matéria escura e sua densidade no fluxo, o que permitiu a formulação de previsões de possíveis assinaturas.

Dificuldades

A equipe explica que não é provável que os detectores WIMP encontrem algo incomum. Mas a presença de tal “furacão” de matéria escura poderia aumentar as chances de detecção de áxions devido a possíveis assinaturas no amplo espectro dessas partículas.

Conforme o fluxo estelar S1 viaja diretamente através do sistema solar, é possível que a matéria escura cruze o caminho de vários detectores espalhados pelo globo que procuram por essas partículas hipotéticas.

Os cientistas observam também que o fluxo poderia oferecer dados para futuros sistemas de detecção, mais avançados do que os em uso atualmente.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES