Cientistas usam impressora 3D para criar coração

O órgão foi impresso com tecidos humanos

Impressora 3D | Reprodução / YouTube /Haaretz.com
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Não é de hoje que os cientistas vêm trabalhando no desenvolvimento de órgãos que possam ser criados em laboratório e dispensem a necessidade de doadores humanos para transplantes. Inclusive existem diversos estudos em andamento que envolvem a produção de órgãos e tecidos artificiais com o uso impressoras 3D.

Pois um avanço anunciado recentemente foi o da criação de um coração completo, dotado de ventrículos, vasos sanguíneos e inclusive capaz de bater, mas que, em vez de ter sido fabricado com materiais sintéticos, foi impresso a partir de tecidos humanos.

Reprodução / YouTube /Haaretz.com 

O coração foi desenvolvido por uma equipe da Universidade de Tel Aviv, em Israel, e, de acordo com Diego Bastarrica, do site Fayer Wayer, o órgão foi impresso com o uso do que os cientistas chamaram de “hidrogéis personalizados”. Essa substância foi desenvolvida através de tecidos adiposos obtidos de humanos – e foi empregada para que os pesquisadores criassem as “tintas biológicas” usadas na impressão do coração.

Mais especificamente, primeiro os cientistas coletaram uma pequena quantidade de tecido adiposo por meio de uma simples biopsia e separaram as células de que necessitavam do colágeno e outros materiais. Depois, as células foram reprogramadas para que se comportassem como células-tronco e, então, diferenciadas para que se tornassem células cardíacas e de vasos sanguíneos. Por último, os materiais resultantes foram processados para ser usados como “tinta” pelos cientistas.

O coraçãozinho ainda não pode ser usado em transplantes para humanos, uma vez que suas dimensões se assemelham às do coração de um coelho. Além disso, embora o órgão bata sozinho, as células não “aprenderam” a trabalhar juntas ainda, e o coração não tem capacidade de se contrair e bombear o sangue.

No entanto, de acordo com os cientistas, como as células são obtidas a partir do próprio paciente, o risco de complicações futuras – como seria o caso de uma rejeição, por exemplo – poderia ser eliminado, e o desenvolvimento da técnica pode, potencialmente, tornar a dependência em tecidos e órgãos de doadores desnecessária no futuro.



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