A descoberta de um fóssil paralisou parcialmente por dois meses as obras de duplicação da Rodovia Leonor Mendes de Barros (SP-333), entre as cidades de Marília e Júlio Mesquita, a aproximadamente 370 quilômetros de São Paulo.
O fóssil, que os paleontólogos acreditam ser um fêmur, com cerca de 1 metro e meio, seria de uma espécie do período Cretáceo, conhecido como período final da "Era dos Dinossauros", ocorrido há pelo menos 65 milhões de anos.
O fóssil foi encontrado a 20 metros da superfície e a poucos centímetros da lateral de um talude. Após a descoberta, a obra precisou ser paralisada no local do achado por dois meses para que uma equipe de paleontólogos fizesse a extração, que deve ser concluída nesta segunda-feira (26).
Segundo a concessionária que administra o trecho, as obras só foram paralisadas na região do talude onde o fóssil foi achado. A descoberta não foi divulgada antes para não atrair a presença de curiosos, que poderiam danificar o material.
Em um cuidadoso processo de escavação, que começou com talhadeira e martelo, os paleontólogos retiraram a formação rochosa no entorno do fragmento até que fosse possível usar uma ferramenta de perfuração de impacto mínimo, para evitar qualquer trinca que prejudicasse a peça.
Envolvido em uma dura camada de arenito (rocha formada por areia aglutinada e cimento natural, densa como quartzo) o exemplar, ainda nessa forma bruta, vai para o Museu de Paleontologia, onde será limpo, em um processo que levará mais algum tempo.
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