EUA: Mulher é condenada por tossir em cliente com tumor cerebral

Um tribunal da Flórida condenou Debra Hunter a 30 dias de prisão após tossir propositalmente no rosto de uma cliente, que faz parte do grupo de risco

Debra Hunter foi condenada por tossir em cliente de uma loja | Jacksonville Sheriff's Office / via First Coast News
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Uma mulher foi condenada a passar 30 dias presa por ter tossido no rosto de uma cliente numa loja nos Estados Unidos, em junho de 2020. Naquela época, as medidas de combate ao avanço da Covid-19, que incluem o uso de máscara, já estavam valendo. A decisão judicial foi anunciada pelo juiz James Ruth, do Tribunal do Circuito do Condado de Duval, na Flórida, na quinta-feira, dia 8, segundo a emissora "First Coast News".

Debra Hunter foi condenada por tossir em cliente de uma loja |FOTO: Jacksonville Sheriff's Office / via First Coast News

A vítima, identificada como Heather Sprague, é do grupo de risco, pois faz tratamento contra um tumor cerebral. Após o incidente, ela fez um teste para saber se estava com coronavírus, mas o resultado deu negativo. Apesar disso, não diminuiu a gravidade do que passou. Heather avaliou ter se sentido "atortoada".

A sentença para a autora do delito, Debra Hunter, foi estabelecida ainda no pagamento de multa no valor de US$ 500, cumprimento de seis meses de liberdade condicional e participação de uma avaliação de saúde mental, em se tratando de controle de raiva, informou a agência de notícias "Associated Press", citando um comunicado de David Chapman, diretor de comunicação do gabinete do procurador da Flórida em Jacksonville. Debra foi condenada também a pagar a quantia do teste de Covid-19 que Heater precisou fazer.

"Ela (Debra Hunter) disse: 'Acho que vou chegar bem perto de você e tossir sobre você, que tal isso?'", lembrou Heather no tribunal, pouco antes de a promotoria exibir o vídeo que flagrou o ataque.

Ao longo do julgamento, Debra, que já passou um dia na prisão no ano passado pelo ocorrido, leu uma carta em que refletiu sobre seu erro e o quanto aquele episódio impactou negativamente sua vida e de sua família e amigos.

“Vejo meus filhos abaixarem a cabeça e virarem na direção oposta para que não sejam reconhecidos ou abordados”, disse ela ao juiz. "E eu sei exatamente o que eles estão sentindo porque eu faço a mesma coisa".

O magistrado, porém, chamou atenção que ela não mostrou arrependimento pelo que fez. "Ouvimos como isso mudou a vida dela... ela está recebendo comentários maliciosos no Facebook e coisas do gênero, e não pode ir ao clube de campo ou a qualquer outro lugar... mas ainda não vi nenhuma expressão, significativa ou não, no seu pesar pelo impacto que teve sobre a vítima neste caso", afirmou James Ruth.



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