Feto de múmia de 2 mil anos se manteve preservado por processo incomum

Informações impressionantes sobre o estado de preservação do feto de uma múmia egípcia grávida de aproximadamente 2 mil anos, foram reveladas em um novo estudo publicado em dezembro

Múmia grávida | Warsaw Mummy Project/Facebook/Reprodução
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Informações impressionantes sobre o estado de preservação do feto de uma múmia egípcia grávida de aproximadamente 2 mil anos, foram reveladas em um novo estudo, publicado no Journal of Archaeological Science, no último dia 30 de dezembro. 

Esta é a primeira grávida encontrada neste estado no mundo e de acordo com a pesquisa, o feto permaneceu preservado por mais de 2 mil anos devido a um processo incomum de decomposição. Ele estava coberto por natrão, um mineral composto por carbonato de sódio hidratado e bicarbonato de sódio, além de pequenas quantidades de cloreto de sódio e sulfato de sódio.

Feto de mulher egípcia mumificada permaneceu preservado por mais de 2 mil anos | FOTO: Reprodução

O feto permaneceu no útero, onde o Ph foi alterado por processos químicos relacionados à decomposição, que formaram ácido fórmico e outros compostos. A mudança do ambiente alcalino para ácido causou a descalcificação dos ossos daquele que poderia ser um futuro bebê.

Ossos não eram facilmente vistos nas tomografias

Enquanto os ossos começaram a secar e se mineralizar, os tecidos moles do feto ainda ficaram perfeitamente preservados. Por isso, em radiografias e tomografias computadorizadas, os pesquisadores do projeto, Warsaw Mummy Project, observaram as ossadas muito dificilmente.

“Depois que uma pessoa morre, o ácido fórmico começa a ser liberado no sangue e o ambiente no corpo do falecido torna-se ácido. Um fenômeno semelhante ocorreu no ventre da senhora misteriosa”, explicaram os cientistas, em uma postagem no Facebook.

Múmia de mulher egípcia passa por estudos | FOTO: Warsaw Mummy Project/Facebook/Reprodução 

A publicação informa ainda que os ossos de fetos já são pobremente mineralizados por natureza, especialmente antes do 7º mês de gravidez, quando eles se dissolvem em grande parte. “Mais tarde, quando o corpo da mãe foi embalsamado, o útero e o feto secaram”, diz o post.

A descoberta foi considerada única pelos pesquisadores, que continuam investigando o fenômeno sem precedentes. Eles planejam publicar mais artigos sobre a múmia grávida, que data por volta do século 1 a.C. Ela pertencia a uma mulher de alto status e estava envolta em linho e tecidos, acompanhada por um rico conjunto de amuletos.

Com informações da Revista Galileu 



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