Homem com sangue branco assusta médicos de Hospital Universitário

Caso aconteceu na cidade de Colônia, na Alemanha

Sangue branco | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um relatório pubicado no Annals of Internal Medicine está para lá de curioso. É que um homem de 39 anos atendido no Hospital Univeristário de Colônia, na Alemanha, chegou ao hospital com o sangue espesso e de coloração branca. O fato intrigou os médicos porque mais parecia leite do que sangue. Os médicos depois descobriram que a coloração era em razão do alto teor de gordura no sangue do paciente.

A textura do sangue também estava diferente. Geralmente em tons de vermelho ao quase roxo, o sangue pode ser mais espesso, mas não como o deste homem. O relatório afirma que o paciente teve hipertrigliceridemia, doença marcada pelos altos níveis de moléculas de triglicerídeos gordurosos no sangue.

Os médicos afirmaram nunca terem visto nada igual durante todo o seu tempo de carreira. Além disso, não é só um aspecto feio do sangue branco: o homem poderia ter morrido por causa daquele estado.

A primeira reação dos médicos, ao descobrir qual era o problema, era realizar uma plasmaferese, técnica que filtra os triglicérides e outras substâncias do plasma. Contudo, esse método não funcionou para o homem.

Em média, o nível normal de triglicérides no sangue é inferior a 150 miligramas por decilitro (mg / dL). Uma leitura alta seria de 200 a 499 mg / dL, enquanto 500 mg / dL seria considerada uma taxa "muito alta". O homem estava completamente congestionado, com uma contagem que chegava a 36 vezes mais alta: cerca de 18.000 mg / dL.

Os sintomas do homem eram náuseas, dor forte na cabeça, enjoo e agonia. Isso levou à conclusão que ele estava com Síndrome da Hiperviscosidade. Acontece que os médicos têm quase certeza que isso foi fruto da obesidade do homem, junto à diabetes que ele tinha.

Para fazer a desobstrução das veias, os médicos escolheram um procedimento do século 18, não mais usado habitualmente. Trata-se da sangria terapêutica, que retira sangue do corpo como se fosse para doação, mas descarta o líquido.

Crédito: Divulgação.

A sangria era usada, inicialmente, há três mil anos atrás, no Egito Antigo. Acontece que ela é considerada uma pseudociência, e ao longo do tempo, trouxe mais danos do que benefícios aos pacientes. No caso do alemão, acabaram retirando dois litros de sangue do homem, substituindo-o por um suprimento concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e uma solução fisiológica salina.

O resultado foi completamente benéfico ao homem, uma vez que, no quinto dia de internação, o paciente estava livre de todos os sintomas neurológicos residuais. Para a equipe médica, esse caso mostra como a retirada de sangue ainda pode preencher um nicho na medicina do século 21, quando não há outras opções disponíveis.

"Se a plasmaferese não pode ser feita devido à extrema hiperviscosidade, nossa experiência demonstra que a sangria com a substituição convencional pode ser uma alternativa eficaz. Até onde sabemos, este é o primeiro relatório a descrever este procedimento",  explicaram os pesquisadores em nota e no texto citado no início da matéria.

E aí, o que você achou dessa matéria? Comenta aqui com a gente e compartilha nas suas redes sociais. Para você que está chocado, aquele abraço.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES