Mergulho em água rasa: por que pode ser tão perigoso?

Cerca de 60% das vítimas desse tipo de acidente perdem o movimento dos braços ou das pernas

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Com as festas de fim de ano e o verão chegando, os brasileiros se animam para irem em busca de rios, lagos, cachoeiras e praias para curtirem e se refrescarem do calor intenso. Mas uma estatística está em alta e deve servir de alerta para a população: a cada semana, 10 pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas por mergulharem em água rasa. E essa média alta se deve justamente pelos períodos de férias, segundo o Instituto de Ortopedia e Traumatologia das Clínicas (HCFMUSP).

O risco surge quando os banhistas mergulham de cabeça sem conhecerem a profundidade do local. O neurocirurgião Dr. Mariano Ebram Fiore, explica que “ao se chocarem com o solo de um lago ou de uma praia, além da contusão craniana, o peso do corpo é empurrado para baixo, o que pode causar uma lesão raquimedular”.

Essa é a quarta maior causa de danos medulares no Brasil, e esse tipo de problema na coluna pode desligar completamente todas as conexões que levam a informação do cérebro aos membros do paciente, caracterizando o quadro de tetra ou paraplégico.

“É importante citar que, além desse diagnóstico, um impacto forte na cabeça pode ter como consequências disfunções neurológicas, traumatismo craniano e outras lesões da coluna vertebral”, alerta o Dr. Mariano. A mesma pesquisa da USP mostrou ainda que 60,9% das pessoas com alguma sequela por conta desse tipo de acidente perdem o movimento dos braços ou das pernas.

Tipos de cuidados

Antes de entrar de cabeça na diversão, o neurocirurgião recomenda que o banhista tome alguns cuidados: “é preciso estar bem certo quanto à profundidade da área de mergulho. Evite pular se a água estiver turva e, por precaução, tente cair com os pés nos primeiros saltos, assim você terá uma chance maior de reduzir o impacto se precisar lidar com o solo”. Mas caso ocorra algum acidente, é imprescindível a ida a um pronto socorro imediatamente para avaliação. 



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