Napoleão Bonaparte teria morrido por uso exagerado de perfume

A pesquisa indica que os óleos essenciais da água-de-colônia (Eau De Cologne) favorita de Bonaparte deterioraram a sua saúde a longo prazo

Imperador Napoleão Bonaparte | De Montfort University Leicester
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A morte do imperador francês Napoleão Bonaparte é fruto de várias teorias da conspiração. Uma das hipóteses é de que ele teria morrido envenenado devido ao arsênico presente em seu próprio papel de parede. Mas um novo estudo apresentado na semana passada pelo professor Parvez Haris, da De Montfort University Leicester (DMU), na Inglaterra trouxe luz a essa questão. 

Segundo o estudioso, o déspota provavelmente faleceu devido a doses excessivas de óleos essenciais – presentes em seu perfume favorito. A pesquisa indica que os óleos essenciais da água-de-colônia (Eau De Cologne) favorita de Bonaparte deterioraram a sua saúde a longo prazo, facilitando o desenvolvimento de um câncer gástrico - revelado na autópsia do cadáver do imperador.

Napoleão Bonaparte | FOTO: De Montfort University Leicester

Muito antes dele morrer no dia 5 de maio de 1821, em exílio na Ilha de Santa Helena, no Atlântico do Sul, Bonaparte já tinha costume de se perfumar com dois ou três frascos de água-de-colônia diariamente. Fora que ele bebia regularmente água de flor de laranjeira, que também contém óleo essencial.

Além disso, como o líder de estado era natural de Córsega, maior ilha da França, ele consumia frutas cítricas, que também são ricas nesses óleos. Todavia, o estudo frisa que o dano extremo em sua saúde teve como fator principal a quantidade abusiva de perfume Eau de Cologne.

Haris diz, em comunicado, que a nova versão sobre os momentos finais de Bonaparte é algo que os estudiosos deixaram escapar nos últimos 200 anos, desde a morte do imperador. “O que eles perderam são os enormes volumes de colônia que Napoleão colocou em seu corpo. Ele estava cercado por Eau de Cologne e em uma ocasião tacou o perfume no rosto e nos olhos, confundindo-se com água”, conta. 

Segundo o professor, Napoleão foi um grande entusiasta dessas cheirosas colônias, que começaram a serem fabricadas em 1792. Na época, os perfumes eram voltados só para pessoas ricas e poderosas – e o imperador fazia questão de banhar-se com o produto, pois acreditava que ele protegia contra doenças.

Algumas vezes, o líder vaidoso até lambia a colônia e levava garrafas de Eau de Cologne a suas campanhas militares. Por conter álcool, acabou que a tonelada de perfume agiu no máximo como antisséptico, evitando que Bonaparte adoecesse por micróbios em diferentes partes da Europa, Ásia e África.

Por outro lado, a grande quantidade de óleos essenciais acabou sendo nociva para o imperador. Uma pesquisa publicada no jornal científico New England Journal of Medicine indicou vários malefícios dessa exposição exagerada, como a ginecomastia, doença na qual há um aumento ou inchaço do tecido mamário em homens.

Não por acaso, Haris aponta que Napoleão desenvolveu seios ao longo da vida. Além do mais, há indícios de que ele teve convulsões e hipotireoidismo, possivelmente ligados ao abuso de óleos essenciais, que desregulam o sistema endócrino.



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