O relógio do juízo final está mais perto da meia-noite do que nunca

Seu conceito é apenas abstrato, ilustrado nos comunicados ou exibido em decorações temporárias

O relógio do juízo final está mais perto da meia-noite do que nunca | Ascom
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O relógio do juízo final foi criado em 1947. Ele mostra quando o mundo está próximo de sua aniquilação. Em uma espécie de metáfora, o relógio alerta o número de minutos que faltam para a meia-noite, uma medida de nível nuclear, de aparelhamento e de tecnologias envolvidas, além de ser atualizado periodicamente.

Contudo, contrariando o que muita gente pensa, não existe um relógio físico. Seu conceito é apenas abstrato, ilustrado nos comunicados ou exibido em decorações temporárias.

Ao longo da história, os ponteiros já se moveram 23 vezes em resposta aos eventos internacionais. Agora, o Boletim dos Cientistas Atômicos atualizará o relógio do juízo final.

Relógio

Atualmente, o relógio está a 100 segundos da meia noite, que é o tempo metafórico em que a raça humana poderia destruir o mundo com suas tecnologias. Em toda a história, os ponteiros nunca estiveram tão perto da meia noite. Ademais, existe pouca esperança de que ele volte no que será o seu 75° aniversário.

Originalmente, o objetivo do relógio era chamar atenção para a conflagração nuclear. Contudo, os cientistas criaram o Boletim em 1945. Nesse ínterim, eles estavam menos focados no uso inicial da bomba do que na irracionalidade de estocar armas em nome da hegemonia nuclear.

Como resultado, eles perceberam que mais bombas não queria dizer que as chances de ganhar a guerra eram maiores ou que alguém estaria mais seguro, visto que somente uma bomba poderia destruir Nova Iorque inteira.

Mesmo que o fim por meio de ação nuclear ainda seja uma ameaça, até mesmo mais provável nos tempos atuais, agora ela é somente uma das potenciais catástrofes que o relógio do juízo final mede.

Marcando

“O relógio tornou-se um indicador universalmente reconhecido da vulnerabilidade do mundo à catástrofe de armas nucleares, mudanças climáticas e tecnologias disruptivas em outros domínios”, informou o Boletim.

Tanto que, em 2022, o alerta do relógio se estendeu a armas de destruição em massa para incluir outras tecnologias, que concentram riscos potencialmente existenciais. Como exemplo, temos as mudanças climáticas e suas causas profundas no consumo excessivo.

Nesse sentido, várias das ameaças já são conhecidas, como o uso comercial de produtos químicos e o lixo tóxico que é criado. Nos EUA, por exemplo, existem dezenas de milhares de lugares de resíduos em grande escala. Ao todo são mais de 1.700 locais. Assim como o furacão Harvey mostrou em 2017, esses locais são extremamente vulneráveis.

Além disso, o Boletim também tem prestado mais atenção cada vez mais no surgimento de inteligência artificial, no armamento autônomo e na robótica mecânica e biológica.

Dentre os riscos verdadeiros dessa tecnologia estão os genes drives, que são um dos primeiros exemplos de robótica biológica já em desenvolvimento. Essas ferramentas de edição de genoma são usadas na criação de sistemas de acionamento de genes, que se espalham por vias normais de reprodução. Eles são projetados para destruir outros genes ou até mesmo descendentes de determinado sexo.

Ameaças

Entre as ameaças está também a mudança climática. Fora o fato de ser uma ameaça por si só, ela está ligada aos riscos representados por essas tecnologias. Tanto que os efeitos das mudanças climáticas fazem com que os resíduos químicos concentrados escapem do confinamento.

Além disso, os produtos químicos tóxicos altamente dispersos podem ser concentrados por tempestades, apanhados pelas águas das enchentes e distribuídos em rios e estuários. Como resultado, isso poderia causar a espoliação de terras agrícolas e fontes de água doce.

Portanto, se o relógio está andando há 75 anos, qual é a capacidade da humanidade de imaginar e lutar por um futuro diferente? A ciência é uma grande parte desse problema, mesmo ela ajudando a entender os riscos do progresso tecnológico. Isso porque, ao mesmo tempo, ela também impulsiona esse processo. Os cientistas também são parte desses processos, ao passo que influenciam toda essa evolução tecnológica.

 Em conclusão, o fato é que o relógio do juízo final existe para lembrar a humanidade dessas ameaças.

Fonte: Science Alert



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