Pistas sobre túmulo perdido de Alexandre, O grande foram descobertas

Alexandre morreu em 323 a.C., aos 32 anos. No entanto, seus restos mortais nunca foram encontrados.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Há aproximadamente 14 anos, a arqueóloga grega, Calliope Limneos-Papakosta, vasculha os Jardins Shallalat, um parque público em Alexandria, no Egito, em busca de vestígios de Alexandre, o Grande. Num dia de escavação comum, quando já estava prestes a ir para casa, algo aconteceu.

Um pouco do solo cedeu e os assistentes de Papakosta, que dirige o Instituto Helênico de Pesquisa da Civilização Alexandrina, a chamaram para que ela pudesse avaliar o que haviam encontrado. Um pedaço de mármore branco que saia da terra. Naquele momento, era como se uma onda de energia e esperança invadisse todo o ser da cientista.

"Eu estava rezando. Eu esperava que não fosse apenas um pedaço de mármore" disse ela. O artefato encontrado pela equipe de Papakosta, parecendo atender as orações da arqueóloga, era uma antiga estátua helenística e que ostentava todas as marcas de Alexandre, o Grande.

Reprodução

Aproximadamente sete anos depois disso, Papakosta e equipe cavaram 15 metros abaixo de Alexandria e descobriram um bairro real da antiga cidade. "Esta é a primeira vez que as fundações originais de Alexandria foram encontradas. Fiquei arrepiado ao vê-las", afirmou o arqueólogo residente da National Geographic Society, Fredrik Hiebert.

O local ainda pode render a pesquisadora um grande prêmio: a tumba perdida de Alexandre, o Grande. O líder macedônico se tornou rei após o assassinato de seu pai, Filipe II, em 336 a.C. Nos 12 anos seguintes de seu reinado, Alexandre dizimou todos os impérios inimigos que ousaram atravessar seu caminho. Incluindo a Pérsia e o Egito, onde ele se autoproclamou faraó.

Alexandre morreu em 323 a.C., aos 32 anos. No entanto, seus restos mortais nunca foram encontrados. Sabe-se que seu corpo foi primeiramente enterrado em Memphis, no Egito, e posteriormente em Alexandria. Entretanto, um tsunami atingiu a cidade em 356 d.C.

Apesar da invasão da água, a cidade sobreviveu, se reerguendo sobre suas porções antigas, reunindo uma população de mais de cinco milhões de habitantes. As fundações da cidade foram enterradas e esquecidas com o tempo, bem como o local do túmulo de Alexandre, que permanece como um grande mistério para comunidade científica.

Reprodução

O valor do tempo

A dificuldade para encontrar esse lugar aumentou o seu prestígio e encontrar a tumba de Alexandre, o Grande, seria tão grandioso quanto foi a descoberta de Tuthankhamon. Isso mantém as esperanças de Papakosta em continuar a escavar. Além de um mapa antigo de Alexandria, a arqueóloga ainda utiliza tecnologia moderna como tomografia de resistividade elétrica para que possa determinar os lugares onde cavar.

No antigo bairro real, Papakosta conseguiu descobrir uma estrada romana antiga e o que sobrou de um enorme edifício público que poderia apontar uma direção onde estaria localizado o túmulo do conquistador.

A persistência de Papakosta é algo que a separa de outros cientistas, segundo disse Hiebert. "É raro, na minha experiência, encontrar alguém que ficou em um único local por 21 anos". Ele ainda a compara com um lutador de boxe que mesmo depois de cair, se levanta e volta a lutar. "Ela vai as nove rodadas completas", completou ele.

Reprodução

A arqueóloga está convencida de que está cada vez mais próxima de encontrar a tumba de Alexandre. Mas, segundo ela, não se deixa deslumbrar e nem tira os pés do chão. "Com certeza, não é fácil encontrá-lo. Mas, com certeza, estou no centro de Alexandria, no bairro real, e todas essas possibilidades estão a meu favor", disse ela.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES