Vídeo mostra tarântula arrastando gambá para devorá-lo

Quando o gambá finalmente parou de lutar, a tarântula, que tinha o tamanho de um prato grande, o arrastou para devorá-lo.

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A natureza é tão vasta quanto qualquer outra coisa que se possa imaginar e muito além disso, também é cheia de peculiaridades. Por mais que tenhamos essa mania de acreditar que conhecemos muito ou até mesmo tudo sobre o que nos cerca, somos sempre surpreendidos por uma nova descoberta científica, ou por informações de nossos antepassados.

Na natureza essas descobertas também são bastante frequentes. A cadeia alimentar é conhecida por todos, mas às vezes podemos nos impressionar quando vemos predadores e presas incomuns ou então que não pensávamos ser assim, como foi o caso dessa aranha e do filhote de gambá.

Esse aracnídeo foi flagrado matando e arrastando um filhote de gambá na floresta amazônica. Os pesquisadores já tinham presenciado outras aranhas e artrópodes como centopeias fazerem um verdadeiro banquete com girinos, lagartos e sapos.

O que pode chocar muitas pessoas é o fato de a aranha estar comendo o gambá. Geralmente, a maioria das pessoas pensa que as aranhas são animais que se alimentam só de insetos, mas a dieta delas é bastante variada ainda mais quando são grandes aranhas da América do Sul e da Austrália. Aranhas como essas se alimentam de cobras, ratos e pássaros, e existe até uma aranha que come peixe.

Reprodução

Mas a caçada de vertebrados não é uma coisa corriqueira. A dieta mais frequente é de insetos e ela é complementada com alguns animais um pouco maiores. "Esta é uma causa de morte subestimada entre vertebrados. Uma quantidade surpreendente de mortes de pequenos vertebrados na Amazônia é provavelmente causada por aranhas grandes e centopeias", diz o biólogo da Universidade de Michigan (EUA), Daniel Rabosky.

Daniel e sua equipe estudaram répteis e anfíbios na Amazônia aos pés dos Andes no Peru, porque nessa região vivem cerca de 85 espécies de anfíbios e 90 répteis. E a descoberta desses artrópodes predadores foi acidental. Os pesquisadores estavam registrando os eventos que envolviam sapos e lagartos e acabaram percebendo que eles tinham encontros suficientes para serem colocados em um artigo científico apenas a respeito disso.

Vídeo:

"Considerando que há centenas de invertebrados que são predadores de vertebrados, o número de interações possíveis entre espécies é enorme, e nós estamos destacando este fato no artigo", diz o biólogo, Rudolf von May, da mesma universidade de Daniel.

No artigo, os flagras são de 2008, 2012, 2016 e 2017, e a maioria deles foi registrado à noite. E grande parte desses predadores eram aranhas e as presas eram anfíbios. E desses casos, um se destacou quando a equipe ouviu barulhos na folhagem e foi investigar. "Nós olhamos e vimos uma tarântula enorme em cima de um gambá. O gambá já tinha sido esmagado pela tarântula e ainda lutava fracamente, mas depois de 30 segundos ele parou de chutar", diz o biólogo Michael Grundler, também da mesma equipe.

Quando o gambá finalmente parou de lutar, a tarântula, que tinha o tamanho de um prato grande, o arrastou para devorá-lo. E esse foi, provavelmente, o primeiro ataque de tarântula registrado pelos pesquisadores.

"Nós sabíamos que o que estávamos testemunhando era algo muito especial, mas não estávamos conscientes que era a primeira observação até depois do fato", diz Grundler.



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