Saiba como acontece a ejaculação feminina e como chegar ao clímax

Estudos já comprovam a existência da próstata feminina

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ejaculação feminina é um assunto controverso: alguns especialistas dizem que existe, outros teimam em dizer que não (apesar dos estudos e depoimentos que provam o contrário), e há ainda quem diga que pode acontecer, sim, mas nem sempre da maneira como as pessoas imaginam.

As discordâncias não param por aí: parte dos estudiosos defende que a ejaculação é para todas, mas fatores como bloqueio psicológico e estimulação indevida impedem que a maioria chegue lá. Tem também os que acreditam que a “proeza” depende de fatores puramente fisiológicos, e que são poucas as sortudas que têm a capacidade. Sortudas, sim, pois existe também a teoria de que o orgasmo seguido de ejaculação é mais intenso.

Para piorar a situação, os estudos científicos sobre o assunto são escassos e pouco conclusivos. É o que explica a ginecologista Dra. Glene Rodrigues Faria: “Não existe, ainda, um consenso científico sobre o assunto. Os dados que temos são de pesquisas, de entrevistas com mulheres.”

No entanto, a especialista cita um estudo sobre a anatomia feminina que comprovou a existência das glândulas parauretrais, duas estruturas localizadas de cada lado da uretra que seriam as responsáveis pela expulsão do líquido durante o orgasmo. Em 2002, o Comitê Internacional de Nomenclatura Anatômica (FICAT, na sigla em inglês) rebatizou a estrutura de próstata feminina.

“A ejaculação feminina é semelhante à masculina: quando a mulher tem o orgasmo, há uma contração dessa glândula, que vai liberar um líquido semelhante ao sêmen, porém, sem espermatozoides”, esclarece Dra. Glene.

Segundo ela, não são todas que conseguem ejacular, por duas razões: a primeira é que apenas algumas mulheres nascem com as glândulas parauretrais completamente formadas. Quando elas não se desenvolvem, ficam fechadas e não têm capacidade de produzir ou expelir o líquido.

A segunda razão é que a ejaculação estaria diretamente ligada com a estimulação do ponto G, algo que nem toda mulher possui. “Em termos de pesquisa, de cada 100 mulheres que têm orgasmos, 30 tem o vaginal [o mais comum é o clitoriano]. Isso significa que apenas 30% das mulheres teriam o ponto G, e, portanto, a capacidade de ejacular”, esclarece. Segundo descreve Dra. Glene, o ponto G é a área colada à parede superior da vagina, logo na entrada, antes da uretra (veja ilustração abaixo). Somente sua estimulação causaria a contração dos músculos pélvicos, levando à expulsão do líquido prostático feminino.

Para aquelas que possuem a zona erógena, fica mais fácil encontrá-la quando a mulher está bem excitada. Assim como o pênis fica ereto por conta do maior fluxo de sangue que recebe durante a estimulação, o mesmo ocorre com a região pélvica da mulher, e, assim, o ponto G incha, ficando mais fácil de ser encontrado e estimulado, além de mais sensível ao toque.

A especialista chama atenção para um ponto que, segundo ela, causa confusão nas mulheres. “O líquido é expelido em forma de jato pelo canal da uretra e não tem cheiro nem cor. Muitas pacientes vêm ao consultório porque começaram a ter ejaculações e pensam que estão urinando, mas essa é uma forma de diferenciar”, explica, ressaltando que é impossível fazer xixi e gozar ao mesmo tempo.

Ela ainda conta que, de acordo com o que observou em consultas, as mulheres que conseguem ejacular, além do orgasmo vaginal, apresentam também lubrificação excessiva, o que pode ser um indicativo de excitação maior, e orgasmos múltiplos. Ainda de acordo com ela, o orgasmo seguido de ejaculação seria mais intenso e prazeroso.

Dra. Glene ressalta que, apesar dos números restritivos, a ejaculação feminina é uma descoberta da mulher. “Tem paciente minha de 40 anos que nunca tinha tido um orgasmo vaginal e passou a ter com o estímulo adequado, e paciente que começou a ter ejaculação depois de anos. São descobertas que são feitas na medida em que a mulher vai conhecendo sua sexualidade”, explica a especialista, que ainda indica a masturbação, caso seja algo natural para a mulher, como forma de descobrir as zonas mais sensíveis.

Debate

Outros estudos sugerem que, ao contrário do que expõe Dra. Glene, todas as mulheres possuem a próstata desenvolvida e, portanto, são capazes de produzir o fluído prostático feminino e ejacular. A estimulação do clitóris aumentaria a produção deste líquido, mas, assim como defende a ginecologista, somente a estimulação do ponto G causaria a ejaculação. Outros especialistas ainda defendem que o fluído nem sempre é expelido em forma de jato – ele pode simplesmente escorrer para fora da uretra ou ir para a bexiga, onde irá se misturar com outros líquidos e ser descartado em forma de urina.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES